terça-feira, 30 de novembro de 2010

Como a geração Y está reinventando o jeito de fazer negócios

Por Carin Hommonay Petty e Katia Simões para PE&GN

(Da esq. para a dir.): Patrícia Lens Cesar, 26, a ecológica; Patrícia Andrade Helú, 22, a determinada; Breno Masi, 26, o libertário; Gustavo Ely Chehara, 27, o imediatista; Paulo Vinícius de Souza, 23, o versátil; Bruno de Araujo, 21, o globalizadoQuando chegou apressado para a sessão de fotos de capa desta reportagem, Bruno, laptop e celular em punho, não tinha a menor ideia de quem encontraria pela frente. Mas não parecia preocupado. Logo depois chegaram as duas Patrícias, Gustavo, e por fim, Paulo Vinicius. Breno avisou que estava ocupadíssimo e não poderia participar. Perdeu a cena: os cinco jovens, todos na faixa dos 20 anos, nunca tinham se visto na vida, mas, num clique, estavam conectados.

Discutiram ideias sobre as suas empresas, abriram o computador para mostrar os planos de negócios e até chegaram a trocar figurinha do que poderiam fazer juntos no futuro. Depois de quatro horas trancados em um estúdio de fotografia em São Paulo, todos estavam tão descontraídos que dançavam para a câmera. Eis a novíssima safra de empreendedores. Sem hesitações ou medos e com uma boa dose de autoconfiança e ousadia, esses rapazes e moças estão reinventando o jeito de fazer negócios. Representantes da chamada geração You geração milênio, como foram batizados os nascidos dos anos 80 para cá, sua forma de pensar e agir pode atordoar - mas sobretudo surpreender - quem veio ao mundo antes do controle remoto. Impacientes e criativos, imediatistas e versáteis, eles começam a ganhar milhões com os seus projetos. Como? Você saberá a seguir. Pequenas Empresas & Grandes Negócios levantou as características marcantes do grupo e revela, em primeira mão, o novo rosto do sucesso.

>>>Domínio da tecnologia
Para a geração milênio, a afinidade com a internet é instintiva, seja no lazer ou no trabalho. "Eles conseguem facilmente na web informações sobre fornecedores, clientes e tendências de consumo", diz Andrew Zacharakis, professor de empreendedorismo do Babson College, nos Estados Unidos. A trajetória de Breno Masi, 26, lhe dá razão. Junto com um amigo que conheceu na rede e a ajuda de comunidades virtuais, ele foi um dos primeiros do mundo a destravar o iPhone. Divulgou a proeza no YouTube e transformou o desbloqueio em um rentável negócio. Também graças à rede, o paulistano Paulo Vinicius de Souza, 23, pôde expandir para o Rio de Janeiro as operações da Tchu-Tchuá, sua empresa de recreação e eventos, com site próprio, comandada de São Paulo. Sinal de que, nas mãos desses novíssimos empresários, a tecnologia já se tornou uma poderosa - e barata - ferramenta na busca de clientes.

>>>Mais colaboração e menos hierarquia
Se até há pouco tempo os empreendedores eram vistos como seres solitários, a nova geração se diferencia pelo alto poder gregário. "Por ter crescido no mundo online, os jovens são mais abertos a cooperar com os outros, a dividir e discutir ideias", diz Reinier Evers, fundador da Trendwatching, empresa holandesa especializada na análise de tendências. Um estudo com quase 6 mil jovens de 12 países - Brasil incluído -, coordenado pelo americano Don Tapscott, autor do best-seller Wikinomics e do recém-lançado Grown up Digital (ainda sem versão em português) apontou outra característica desses jovens: forte rejeição à hierarquia das empresas. Tome-se como exemplo o caso da FingerTips, a desenvolvedora de aplicativos para iPhone de Breno. "Não controlamos horários e nossos programadores podem trabalhar em casa", conta. "Cada um tem liberdade para encontrar a melhor forma de realizar suas tarefas", complementa ele, totalmente sintonizado com duas outras tendências apontadas pelo levantamento de Tapscott: a valorização da autonomia e a qualidade de vida.


Inovação é ponto forte dos empreendedores Y. "Eles têm mais facilidade em quebrar paradigmas para conceber novos produtos, serviços ou processos", avalia Raphael Zaremba, professor de empreendedorismo da PUC-RJ. O consultor Fernando Dolabela, que acaba de lançar Empreendedor Aprendiz, pensa parecido. "Eles não têm uma visão amarrada. São capazes de se perguntar: 'Por que isso tem que ser assim?'"

>>>Imediatismo
Eles buscam velocidade. E não só nos videogames. Acostumados a conseguir o que desejam com um clique no mouse, fazem várias coisas ao mesmo tempo e não têm o hábito de esperar. Em recente pesquisa conduzida pela MTV, 20% dos jovens brasileiros admitiram ser impacientes. Gustavo Ely Chehara, da rede de docerias Docella, é o típico exemplo. "Nunca quero as coisas para hoje, sempre para ontem", diz. Tamanha pressa pode dar agilidade aos negócios - fator essencial para o sucesso num mundo que gira cada vez mais rápido. Mas, em excesso, o imediatismo também atrapalha. "Reflexão e estratégia pedem tempo", alerta Mathieu Carenzo, diretor administrativo do Centro para Empreendededorismo da IESE Business School, da Espanha. "Eles têm dificuldade em entender que é preciso esperar para obter bons resultados", afirma David Kallás, professor do Insper (novo nome do Ibmec São Paulo).

>>>Atuação global e em nichos específicos
A mais nova empreitada do estudante Bruno de Araujo, 21, ainda não saiu do papel. Ainda assim, ele planeja, logo que abrir a empresa, despachar guitarras para o mundo todo. "Para mim, tanto faz se o cliente está na esquina, nos Estados Unidos ou na China", diz Bruno. Para empreendedores como ele, exportação não é privilégio de gente grande. "Graças às novas tecnologias, os jovens fazem negócios globais por definição", afirma Evers, da Trendwatching. A mesma lógica impulsiona a abertura de empreendimentos focados em nichos específicos, sem mercado suficiente na vizinhança, mas com bom número de consumidores. As empreendedoras Patrícia Andrade Helú, 22, e Patrícia Lens Cesar, 26, ilustram bem essa habilidade. No ano passado, elas inauguraram um site para vender roupas feitas para ficar em casa. Com o sucesso da operação, acabaram abrindo uma loja física, mas a internet ainda é responsável por quase metade das vendas.

>>>Preocupação com a sustentabilidade
As duas Patrícias e o estudante Bruno mencionados anteriormente têm uma outra preocupação comum: o meio ambiente. Ele planeja fabricar guitarras de madeira reciclada e cordas revestidas a pet, entre outras especificações verdes. Elas querem lançar uma coleção 100% sustentável, com corantes naturais e material orgânico.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A teia social de Eli

por Maurício Meireles para o site do SEBRAE

0,,43370540,00No galpão atrás da Igreja de Santana, no centro do Rio de Janeiro, trabalham 80 mulheres de 23 comunidades da região metropolitana. A história delas tem em comum pobreza, sofrimento e dramas familiares, em geral as três coisas. Nas mesas espalhadas pelo galpão, elas trabalham com cola, tesoura, cartolina, tecidos e outros materiais. Uma corta, a outra dobra e uma terceira costura. “Lembrem: menos é mais”, diz a artista plástica Eli Tosta ao microfone, o único jeito de ser ouvida no meio de tanta gente. Ali acontece uma oficina de artesanato ministrada pela artista, dona do Ateliê Brasil. A empresa, pioneira em fazer o meio de campo entre o Terceiro Setor e o mercado, ajuda na geração de negócios sustentáveis para comunidades tradicionais de todo o país. Eli prepara e articula grupos de artesãos para confeccionarem os produtos comercializados por sua empresa.

Você pode até não conhecer o nome, mas é provável que já tenha visto um dos produtos assinados pelo Ateliê Brasil. Com 16 anos de estrada, Eli é a principal responsável por brindes corporativos e embalagens de produtos de mais de 20 empresas brasileiras e internacionais. São bancos, mineradoras e fabricantes de cosméticos. O Banco Mundial está entre seus clientes. “Artesanato” nem é a palavra certa para explicar o que a empresa faz. Eli usa a expressão “produto social”. Tradicionalmente, o artesão é o profissional que usa uma técnica não industrial e domina todas as etapas da confecção do produto. Nas oficinas que Eli ministra pelo Brasil, ela enfatiza a importância do trabalho em equipe como caminho para chegar ao mercado. “Enquanto uma corta, a outra costura. Assim ganhamos tempo e produtividade”, diz. Outra vantagem é que o trabalho em equipe evita que técnicas artesanais desapareçam. “Se há um só velhinho no interior da Bahia que sabe fazer determinado produto, essa técnica pode morrer com ele”, afirma Eli.

O objetivo das oficinas não é apenas treinar mão de obra. Com elas, Eli cria uma rede de fornecedores em potencial, que talvez nunca conseguissem grandes clientes sem a ajuda do Ateliê Brasil. A empresa tem mapeadas 1.900 comunidades em todo o país. Se enquanto você lê esta reportagem um banco encomendar 20 mil brindes de Natal, Eli vai consultar o mapa para ver qual das 1.900 comunidades que ela visitou nos últimos 16 anos tem capacidade de atender àquele pedido com qualidade e no prazo. Com sua eficiência, o Ateliê Brasil resolveu um problema antigo das empresas: elas querem fazer negócios com o Terceiro Setor, mas não sabem quem procurar ou têm medo. Com uma empresa “séria” fazendo o meio de campo, é mais fácil para os dois lados. “Nossos produtos já saem com código de barras. Nunca perdi um prazo”, afirma Eli.

Quem prestar atenção só no jargão dos negócios que Eli usa para motivar seus parceiros pode não perceber que ali está, antes da empresária, uma artista sensível e bem-sucedida, que já expôs em museus como o Louvre e o Museu Nacional Italiano. Ela afirma que o olhar de artista – responsável por ver a beleza em folhas, madeiras e garrafas PET – botou a empresa de pé. Eli só lamenta não ter mais tanto tempo para pintar. Ela diz que acaba de abrir mão de expor na Itália por causa do trabalho.

Descendente dos primeiros italianos e espanhóis que colonizaram Mato Grosso do Sul, Eli se define como uma mulher do Pantanal. “Cada vez que começa a primavera, nem preciso fechar os olhos para ver o jardim de ipês do Pantanal, com várias cores explodindo, os bichos convivendo. Pode ter outro lugar no mundo assim, mas eu nunca vi”, diz. Eli conta que aos 9 anos “assaltava” a cozinha da fazenda da família para distribuir comida entre os ribeirinhos. Com o tempo, percebeu que dar comida podia até ajudar, mas não tiraria aquelas pessoas da pobreza. Começou a pedir ao pai que arrumasse emprego para eles. Hoje é ela quem arruma emprego para as pessoas.

A artista e empresária se emociona quando ouve as histórias de como o trabalho muda a vida das pessoas. Na semana passada, uma das mulheres na oficina do Rio dava socos numa bola de jornal que viraria a cabeça de um anjo. “Tô fingindo que isto aqui é a cabeça do meu marido”, dizia. Eli depois explicou que já viu coisas assim outras vezes: são as mulheres que apanham dos maridos. “Mas o trabalho faz com que elas se sintam úteis, recuperem a autoestima”, afirma.

A família de Bruna Gurgel, de 16 anos, foi abandonada pelo pai quando ela ainda era criança. O irmão de 25 anos era a figura paterna que Bruna tinha, mas ele foi preso há sete meses durante um assalto. “Ele era meu melhor amigo”, diz Bruna. A adolescente entrou em depressão, não saía de casa, quase largou os estudos – mas encontrou no artesanato um novo sentido na vida. Ana Alves, de 57 anos, empregada doméstica e mãe de cinco filhos, chegou a tentar o suicídio quando se viu diante do desemprego e da depressão. O aluguel da casa e o colégio dos filhos estavam atrasados havia seis meses quando a diretora da escola a contratou para fazer brindes para as crianças. Hoje, vive disso. Conseguiu comprar casa, carro e voltar às aulas de dança de salão. “O trabalho salvou minha vida”, diz ela.

Há também as histórias de transformação coletiva. Euzébio, uma cidade de 40 mil habitantes no interior do Ceará, tinha renda per capita de R$ 20. Hoje, os artesãos ganham R$ 15 por garrafa coberta com chita produzida na cidade. “Conseguimos diminuir os índices de violência, alcoolismo e outros problemas nos lugares em que fazemos negócio”, afirma Eli. O Ateliê Brasil cresceu mais do que sua fundadora esperava ou pretendia. O motivo é o aumento da demanda por produtos sustentáveis do Brasil. O caminho natural da empresa vai ser a exportação. “Já temos uma demanda grande no exterior, mas ainda não posso exportar sem que isso atrapalhe nosso trabalho no Brasil”, diz Eli.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Saiba como divulgar o seu currículo pelo Twitter em apenas 140 caracteres

Desde que o Twitter virou um sucesso entre os brasileiros, outros costumes vieram à tona. Se no microblog divulga-se todo tipo de informação num curto espaço, por que não divulgar também um currículo em 140 caracteres?

Segundo Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum, quem procura emprego deve também se atualizar, e as redes sociais podem ser utilizadas como um complemento no processo de recolocação profissional.

“É importante que o currículo do candidato seja amplamente distribuído. Quanto mais for disseminado, maiores serão as chances deste profissional ser visto e recolocado”, conclui Marcelo.

Uma vez com o currículo hospedado na internet, o usuário pode fazer uma “chamada” no Twitter ou em outras redes sociais, e no final colocar um link que servirá para acessar o seu currículo completo.

Luiz Pagnez, diretor do Emprego Certo, diz que o Twitter pode ajudar, sim, em complementar o seu perfil. Manter um microblog com vários posts pertinentes à sua área de atuação ajudará o profissional a mostrar seus conhecimentos e interesses a possíveis recrutadores, mas “vender seu peixe” em tão pouco espaço não é tarefa fácil.
Segundo Luiz, não é necessário criar um perfil exclusivo para divulgar o currículo, pois dificilmente o candidato vai conseguir manter dois perfis - um para uso pessoal e outro para uso profissional.

“Não adianta criar um perfil e deixar apenas um link para seu currículo publicado. O profissional deve ter conteúdo e 'vender' seu conhecimento ao mercado, atraindo seguidores que estarão dando alguma credibilidade àquela fonte de informação. Dificilmente um perfil puramente de propaganda terá milhares de seguidores. Isto vale também para a autopromoção”, afirma Luiz.

Tweets
O candidato deve ficar atento, pois tudo que for postado em seu perfil no Twitter será avaliado. Informações erradas, levianas ou informais demais poderão passar a um possível recrutador uma impressão errada.

"Se a pessoa usar o Twitter apenas para postar piadas, por exemplo, poderá levar o recrutador a pensar que ele fará isso no novo trabalho e eliminá-lo do processo. É necessário ter cuidado com aquilo que escreve, com a foto e nome utilizados para que aspectos pessoais não prejudiquem o profissional, caso uma empresa leia o seu perfil”, aconselha Luiz.

Não dá para falar tudo em 140 caracteres, mas o importante aí é colocar o que tem maior destaque na formação e experiência para tentar chamar a atenção do recrutador. Isso despertará interesse  para que ele queira ver o histórico completo do profissional em seu currículo.

Palavras-chave
De acordo com Luiz, se o profissional estiver usando o microblog como uma vitrine profissional, naturalmente seus posts estarão cobrindo ao longo do tempo as principais palavras chaves da sua área de atuação.

“É muito importante colocar, na descrição do seu perfil, sua profissão e objetivos profissionais. Mas pensando em um tweet específico de venda do currículo, não há palavras chaves. O profissional precisa descrever suas principais qualificações e ser objetivo”, explica o diretor do Emprego Certo.

Exemplos de Tweets

Gerente de RH formado pela PUC, com grande experiência em empresa multinacional e inglês fluente busca recolocação http://bit.ly/ex_curric

Busco nova oportunidade profissional. 10 anos de experiência em recrutamento e seleção, com pós graduação em RH http://bit.ly/ex_curric

Em busca de novos desafios profissionais. Designer com especialização em Gestão de Projetos e 5 anos de experiência http://bit.ly/ex_curric

por Danilo Schramm

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que é a tal da “compra coletiva?”

Liquidação total, o patrão enlouqueceu! Iogurte gelado de R$ 9 por R$ 2,69. Pizza grande, de R$ 35, por R$ 9,90. Depilação completa, de R$ 135 por R$ 29.

Não, gente, ninguém está doido. Essas ofertas são reais e estão na internet. Bem-vindo ao mundo das compras coletivas.

Compra-Coletiva-PousadasAtenção, mulheres! Essa reportagem é pra aquelas que se orgulham de uma compra bem feita e baratinha. Mônica Machado não perde um super desconto. Pela internet, comprou um dia de madame no spa. Banho de espuma e sais, esfoliação, escalda pés, uma sessão de reflexologia, além de uma super massagem corporal: tudo isso de R$ 459 por R$ 99! “Se o propósito era relaxar, estou super relaxada. Ainda mais para quem mora nas grandes cidades. E pelo preço, nem se fala”, diz a advogada.

Para quem ainda não embarcou nesta febre, o modelo mais comum funciona assim: um site oferece um serviço ou produto com descontão, de 50% a 90%, durante 24 horas. Mas esse preço baixinho só tem valor se um número determinado de pessoas comprar a oferta. Depois de atingido esse número mínimo, todos ganham cupons que dão direito à promoção.

“Na maioria das situações, a gente bate o mínimo por muito. A gente teve uma iogurteria no Rio de Janeiro que, acho que o número mínimo era 50, e a gente vendeu 23 mil frozen yogurts em 24 horas, que é o número que eles vendem em três meses”, diz Júlio Vasconcellos, criador do site Peixe Urbano.

Os sites de compra coletiva mexem com um fator que é fundamental napeixe-urbano hora da compra: o tempo. O relógio está correndo e o consumidor faz a compra por impulso. Muitas vezes, ele não precisa tanto daquilo que está levando, mas ele compra. A promoção está lá, vai durar muito pouco e, na dúvida, muitos escolhem aproveitar.

Difícil resistir a ofertas tão tentadoras. “Se a gente colocasse a oferta de um mês, provavelmente a pessoa ia entrar e falar assim ‘ah, será que eu compro ou não? Vou deixar pra amanhã’”, afirma Rodrigo Monzoni, proprietário e criador do Oferta Única.

A novidade que desembarcou por aqui no começo do ano faz sucesso nos Estados Unidos há um tempão.

“Pelo caso de sucesso americano, tudo indica que realmente não é um modismo, não é uma modinha. O primeiro grande site americano foi vendido com meses de existência por uma cifra maior do que US$ 1 bilhão. A gente já começa a ver compras, fusões e aquisições no Brasil, mesmo o segmento tendo pouco mais de um ano de existência. Enfim, é um modelo de negócio que já está transformando alguns empreendedores brasileiros, alguns pioneiros, em novos milionários da internet”, diz Gerson Rolim, diretor executivo da camara-e.net.

comprasJúlio é o primeiro deles. Criou o site pioneiro e abriu as porteiras para outros 40 que surgiram depois. São mais de 150 funcionários, entre redatores, designers, representantes comerciais, e, é claro, uma galera que entende de computador, programação e internet. A maioria tem entre 25 e 30 anos de idade.

O jovem site já tem mais de um milhão de usuários. O faturamento é guardado a sete chaves, mas dá pra ter uma ideia. Veja só esse caso: um hotel de luxo de Búzios, no Rio, resolveu anunciar uma mega promoção. Um fim de semana, duas diárias por R$ 580, menos da metade do pacote normal, de R$ 1.200.

À meia noite de uma quarta-feira, foi dada a largada, e, às 8h30 da manhã, 200 pacotes já estavam vendidos. Depois, ao meio-dia, tudo teve que parar, porque foram 750 pacotes vendidos. Um sucesso para todos e uma loucura no setor de reservas.

Uma jogada de R$ 435 mil. O site ficou com a metade e o hotel com a outra: R$ 217.500 em 12 horas. No fim das contas, o hotel recebeu R$ 145 por diária, o suficiente para cobrir os custos.

O lance para o empresário não é o lucro. É conquistar novos clientes, divulgar a marca.

“O nosso objetivo não foi olhar isso. A gente tem que enxergar muito além, o que a gente recebeu de retorno. Fora que esse cliente que está lá, ele consome, e tem o boca a boca. Eu sei lá que ia conseguir atingir alguém que está em Cuiabá, fora toda a ação de marketing que a gente pode fazer no pós-venda. Esse cliente pode retornar, com outras situações que a gente pode oferecer na época de baixa temporada, o nosso mailing cresce muito mais, então tem todo um trabalho que pode fazer em cima desse cliente”, explica Tatiana, diretora do hotel Marina.

O mercado de compras coletivas é promissor, mas já existe um consenso de que poucos sites devem sobreviver. Pensando nisso, os sócios Rodrigo e Antonio aboliram aquele número mínimo para a promoção valer. A pessoa faz uma compra coletiva, pero no mucho!

“Ou seja, ela não precisa esperar formar o grupo. Então, comprou, ela sabe que vai levar e ela já imprime o cupom. Ela vai poder ir ao restaurante, no cabeleireiro, na estética, na hora”, diz Antonio Mouallem, proprietário e criador do Oferta Única.

Mas em meio às tentações dos sites, vale ter cuidado. As ofertas costumam ter prazo de validade, dia e condições para serem usadas. É bom ler as instruções na compra.

“Eu fiquei bem ressabiado no início. Porque a internet a gente tem uma tendência a não confiar. E eu não tinha o costume de comprar nada. Fiquei ressabiado por colocar senha, por ser cartão de credito, mas quando eu conversei com uns dois ou três amigos, e eles já tinham comprado, fiquei mais confiante. Fiz a primeira compra, beleza. Fiz a segunda compra, beleza. Agora fico lá pesquisando pra ver o que acontece. Porque deu certo, né?”, afirma o publicitário Sidnei Oliveira.

Tão certo que Sidnei comprou um jantar de surpresa para a namorada. Ele não curte comida japonesa, mas ela sim! Desculpa, Graziela, mas vamos revelar o valor do presente. O prato, para duas pessoas, sairia por R$ 92. Com a oferta, R$ 37. Para os clientes, vale a pena.

No boca a boca, o casal convenceu dois amigos a aproveitarem a promoção também. O rapaz ganhou pontos com a namorada. A compra é coletiva e o prazer também.

Reportagem do jornal O GLOBO do dia 20/10/2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tecendo o futuro

Toneladas de sobras de tecidos são descartadas no país todos os meses. A EcoSimple reaproveita essas aparas para criar um material reciclado de alta qualidade

por Marisa Adán Gil para o Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Parece uma ideia simples: produzir e comercializar tecidos sustentáveis, que possam ser usados tanto na moda quanto na decoração. Mas foi preciso que três empresas diferentes - uma de fiação, outra de tecelagem e uma terceira focada em distribuição - se unissem para que surgisse a EcoSimple, especializada na reciclagem de tecidos. "Tem muita gente por aí que diz que faz tecido sustentável, mas não é verdade", diz Claudio Emídio Rocha, 40 anos, diretor comercial e um dos fundadores do negócio, com sede em Americana (SP). "Estão vendendo gato por lebre. O tecido da EcoSimple é feito com o mínimo de prejuízo para a natureza."

Para chegar a esse resultado, tiveram de superar alguns obstáculos. Foi necessário investir em novas tecnologias que adequassem a matéria-prima artesanal (aparas de tecido) ao processo industrial (tecelagem). Uma das soluções encontradas foi adicionar 15% de fibras de PET reciclado durante a fiação. "Dessa maneira, conseguimos fazer um fio mais resistente, pronto para o uso." Também foi realizado um trabalho de convencimento do mercado. "Muita gente pensa apenas no dia de hoje. Mas a indústria têxtil é uma das que mais agridem a natureza. Isso devia ser mais importante." Outro problema, segundo ele, é a falta de uma política de impostos adequada. "No setor têxtil não há isenções, como as que existem em outras atividades ligadas à reciclagem."

O negócio, que completou um ano de vida em setembro, deve faturar R$ 2,6 milhões em 2010 - em 2011, esperam chegar a R$ 12 milhões. "A tendência é de crescimento", diz Rocha. Recentemente, acertaram com o estilista Alexandre Herchcovitch a produção de uma linha de tecidos. Em breve a empresa deve fechar parcerias com duas importantes marcas de artigos esportivos.

Marcos Camargo

FIOS SUSTENTÁVEIS
O processo de fabricação começa com a coleta das aparas de tecidos dispensadas por empresas de Blumenau (SC). Esse material é levado para um centro de triagem em Navegantes (SC), onde famílias de baixa renda separam os tecidos por cor e tipo. A matéria-prima segue para Americana (SP), onde acontece a fiação: os fios são separados em cones e depois encaminhados para a etapa final, de tecelagem.

PADRÃO DE QUALIDADE
Funcionários vistoriam o processo para garantir a qualidade do resultado. O tecido produzido pela EcoSimple é totalmente sustentável. Já sua produção não utiliza água, produtos químicos ou corantes - a tonalidade vem das sobras de tecido originais.

DE OLHO NA PRODUÇÃO
Claudio Emídio Rocha, diretor comercial e um dos fundadores do negócio, supervisiona o processo de tecelagem: os teares transformam os fios em tecidos de diferentes cores, que serão usados na confecção de roupas, artigos esportivos e de decoração.

RECICLAGEM HI-TECH
Operadores abastecem as máquinas com os fios reciclados, já fortalecidos com a adição de fibras de garrafa PET: foi necessário adaptar a matéria-prima artesanal ao equipamento de última geração.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dica de beleza AEF–Aposte na maquiagem colorida no verão 2011

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O verão 2011 tendências, cores.

A grande novidade é o uso das cores. Agora é possível misturar três tendências – a dos anos 60,70 e 80 – dentro de um mesmo look, deixando o visual mais moderno e sofisticado.
Pode ser feita uma combinação entre as cores quentes e frias.

Traços reforçados e acréscimo de cores vivas.

As tendências de maquiagem 2011 surpreendem, revelam o quanto o visual feminino pode ser inovado e ganhar características delicadas. O passo a passo para se maquiar não muda, a ordem de uso dos cosméticos deve ser respeitada por todas as mulheres, por isso o grande diferencial está nos traçados e a aplicação de cores. Cada estação tem suas influências para compor o make.

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Tendências de maquiagem verão 2011 sobrancelhas marcadas, traços reforçados e acréscimo de cores vivas. Um resgate dos anos 80 trará personalidade ao rosto feminino. O azul promete ser um tom bastante usado na composição do make, junto com um iluminador. Reforçar o tom bronzeado da pele com naturalidade é uma outra tendência.

Dica enviada pelos Gêmeos Maquiadores Alexx e Aless da família Achar É Fácil!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Por que os produtos eletrônicos são tão caros no Brasil?

OS OLHOS DA CARA!

O Playstation 3 foi lançado oficialmente no Brasil no último mês de agosto, com quatro anos de atraso. Agora, ele não é mais importado pelas lojas, mas diretamente pela SONY, que adaptou embalagens, manual e dá um ano de assistência técnica no País. Parecia uma boa notícia, mas o preço deixou os consumidores de cabelo em pé: R$ 2 mil. Segundo o fabricante, a culpa seria dos impostos. “De maneira geral, a taxação dos produtos eletrônicos fica entre 42% e 54% e o consumidor não tem a menor noção disso quando compra os produtos”, diz Fernando Steinbruch, diretor do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), sobre os impostos que incidem no país.

wii-playstation-3-xbox-360Os maiores são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cobrado pelo Governo Federal e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do governo estadual. Segundo Steinbruch, esses impostos pesam no precó final dos eletrônicos porque seguem um princípio de seletividade. “Quanto mais supérfluo for o produto, maior será o imposto”, diz. Como o feijão com arroz é mais necessário à sobrevivência do que um videogame, os geeks se dão mal.

Quando se trata de um produto importado, o caso do Playstation, ainda há a incidência do Imposto de Importação. “Nesse caso, o objetivo é proteger a indústria nacional”, diz Steinbruch. Para o tributarista, o governo não sairia perdendo com uma redução dessas taxas já que, durante a crise de 2008, baixou o IPI dos eletrodomésticos e, mesmo assim, não perdeu arrecadação porque o consumo aumentou. Poderia fazer o mesmo com o videogame pois, para muita gente, esse parece ser um produto de primeira necessidade!

por Guilherme Rosa para a revista GALILEU de novembro/2010.

E você? O que acha desta elevada carga de impostos que o nosso governos nos sujeita? Mande sua opinião!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Com apoio do Sebrae, lan houses atenderão empreendedores

Um social game foi a maneira que o Sebrae encontrou para transformar centros públicos de acesso pago (lan houses, na definição do Centro Gestor da Internet – CGI) em Pontos de Acesso a Serviços e Produtos da mesma entidade.

Os Pontos de Acesso, ou Pontos de Formalização, oferecem cursos de capacitação e meios online de formalização para empreendedores. A partir daí surge uma nova função social para as lan houses, que em 2009 foram responsáveis pelo fornecimento do acesso a 45% dos brasileiros que usaram a internet, segundo o CGI.

O Desafio Lan Sebrae, que teve sua segunda fase iniciada no dia 27/09, é uma estratégia de articulação para a rede social Raio Brasil (http://raiobrasil.ning.com), fruto da iniciativa Sebrae-CDI, que envolve o Comitê para a Democratização da Informática (CDI), ONG que há 15 anos promove a inclusão digital no Brasil e em mais 12 países.

No Raio Brasil, mais de 1.000 proprietários de lan house mantêm contato entre si e com o Sebrae. Os membros podem participar da primeira etapa do Desafio Lan Sebrae, que se baseia em 12 atividades relacionadas ao empreendedorismo e à formalização. Após concluí-las, o participante recebe uma certificação de Ponto de Formalização da entidade provedora da iniciativa.

Mais de 100 lan houses já foram certificadas como tal. Elas agora podem concorrer a prêmios e a uma viagem a Brasília, onde poderão conhecer a sede do Sebrae Nacional. Para isso, basta que consigam se manter no topo do ranking da segunda fase do jogo social.

Nesta nova etapa, os participantes são desafiados a apadrinhar outras lan houses, levando-as a concluir a primeira parte do Desafio Lan Sebrae. Os Pontos de Formalização ganham pontos ao responder quizzes, que são elaborados para traçar o perfil dessas lan houses, dizendo se elas estão mais aptas para o oferecimento de jogos, serviços etc.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cuidado: não misture seu negócio com sua vida pessoal!

Por Carlos Miranda para Pequenas empresas & Grandes negócios

Outro dia estava conversando com um empreendedor que precisava de financiamento para pagar dívidas geradas por conta de ter colocado suas despesas pessoais e familiares dentro de sua empresa.
Esse empreendedor tem um negócio extremamente promissor, mas hoje essas dívidas estão tornando o empreendimento praticamente inviável.
Quando perguntei a ele como foi esse processo, me disse que basicamente foram dívidas criadas de duas formas: o seu pró-labore, que tinha um valor extremamente generoso para o tamanho de seu negócio, e as despesas de sua vida pessoal, tais como compra de automóveis para ele e a esposa e pagamento de empregados, clube e caseiro da casa de praia, entre outros.
O pior é que ele e a família foram se acostumando com o padrão de vida ligado a essas despesas, e a empresa (que era a única fonte de renda da família) estava entrando em um processo de falta de recursos para investimentos. Agora, não só o seu negócio mas também a família caminham para um colapso financeiro. Da forma mais traumática possível, esse empresário começou a aprender o perigo de misturar as pessoas físicas com as jurídicas.
Durante a nossa conversa, esse empresário comentou que achava incrível como os empreendedores de origem mais simples, que passaram mais dificuldades na vida, foram muito mais bem-sucedidos do que aqueles com melhores condições sociais.
Realmente, ele está certo. Quando olhamos as histórias de empreendedores brasileiros de sucesso, ficamos impressionados com a grande quantidade daqueles que começaram do zero ou, como diz um grande empreendedor meu amigo, do “menos dez”.
Não pretendo fazer aqui nenhum tratado sobre isso, mas, quando analisamos a história de todos eles e a forma que administram seus negócios e suas vidas, percebemos que essas pessoas são extremamente cuidadosas ao administrar os próprios recursos e os de sua organização. Na grande maioria das vezes, aprenderam desde cedo que só se gasta o que dá e guarda-se um pouco para os períodos mais difíceis. Mais importante, sabem que seu padrão de vida deverá sempre ser compatível com a remuneração que o seu negócio pode oferecer.
Um dos grandes inimigos das pessoas, e mais ainda daqueles que pretendem empreender, é a vaidade. Às vezes, empreendedores se endividam e usam a operação de suas organizações em benefício próprio, por conta de manter um “status” e mostrar uma imagem de bem-sucedido. Essa fachada irá rapidamente desmoronar se não souberem ter a humildade suficiente para viver dentro de seus recursos ou, se for o caso, dar um passo para trás para proporcionar um grande salto para frente.
Costumo dizer que, apesar dos avanços das formas de se administrar um negócio e das inúmeras formas de se
financiar o mesmo, existem procedimentos que de tão básicos são esquecidos, mas que nunca devem mudar. Por exemplo: custos e despesas devem ser menores que receita, pró-labore deve ser proporcional ao tamanho do negócio e só se tira dinheiro da empresa se ela der lucro, depois de pagar todas as suas obrigações com colaboradores e com o governo.
Realmente, isso pode parecer muito básico, e é mesmo. Isso deveria ser um mantra a ser repetido diariamente aos empreendedores, tal como um treinamento de esporte, em que os movimentos são repetidos à exaustão até serem incorporados naturalmente pela pessoa.
Esse procedimento, embora simples e óbvio, será extremamente importante ao longo da vida de uma organização, principalmente para aqueles que estão com foco em crescimento.
Fazer crescer uma organização pressupõe fazer certo desde o início. Ou seja: saber fazer contas, pagar impostos e, principalmente, respeitar o negócio, seus colaboradores e seus sócios antes de tudo.
Essas atitudes simples e óbvias serão decisivas no processo de crescimento da organização, pois trarão equilíbrio, credibilidade e, certamente, pessoas e instituições dispostas a investir no negócio. Lembre-se: menos é mais.

Carlos Miranda é presidente e fundador do fundo de Private Equity BR Opportunities, mestre em administração de empresas pelo IBMEC RJ e co-autor do livro “Empresas Familiares Brasilieiras”, organizado pelo Prof. Ives Gandra Martins

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dicas de Maquiagem - Sobrancelhas

As sobrancelhas são as molduras dos olhos e complementam a harmonia do rosto, a sobrancelha tem a capacidade de deixar o olhar mais atraente ou até mesmo deixar com aspecto triste , por isso as sobrencelhas devem ser bem definidas e feitas da maneira correta para volorizar o seu look.

sombrancelha pinca 2

A sobrancelha perfeita não deve ser nem muito fina e nem muito grossa . Atualmente existem vários salões de beleza que disponibilizam para as suas clientes o desinger de sobrancelhas , que irá calcular a melhor maneira de fazer a sua sobrancelha afim de valorizar o seu tipo de rosto.

Vale lembrar que uma sobrancelha bem definida é capaz de fazer verdadeiros milagres até mesmo rejuvenescer alguns anos. O desenho da sobrancelha deve ser sempre proporcional ao tipo de rosto e formato de olhos, por isso não adianta querer ter a sobrancelha no formato da atriz da novela ou da melhor amiga se esse tipo não irá lhe favorecer.

Apesar de existirem várias técnicas para fazer a sobrancelha a melhor técnica é fazer a sobrancelha com a pinça. O uso da cera para delinear a sobrancelha é contraindicado para mulheres acima dos 30 anos pois pode ocasionar flacidez na pele . Outra técnica bastante utilizada é a linha egipcia, porém é um pouco mais dolorida . A manutenção das sobrancelhas deve ser realizada a cada 15 dias. Evite arrancar os pelos em casa caso não tenha experiência e os acessórios necessarios.

Dica enviada pelos Gêmeos Maquiadores Alex e Aless, da família Achar É Fácil!

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