terça-feira, 30 de novembro de 2010

Como a geração Y está reinventando o jeito de fazer negócios

Por Carin Hommonay Petty e Katia Simões para PE&GN

(Da esq. para a dir.): Patrícia Lens Cesar, 26, a ecológica; Patrícia Andrade Helú, 22, a determinada; Breno Masi, 26, o libertário; Gustavo Ely Chehara, 27, o imediatista; Paulo Vinícius de Souza, 23, o versátil; Bruno de Araujo, 21, o globalizadoQuando chegou apressado para a sessão de fotos de capa desta reportagem, Bruno, laptop e celular em punho, não tinha a menor ideia de quem encontraria pela frente. Mas não parecia preocupado. Logo depois chegaram as duas Patrícias, Gustavo, e por fim, Paulo Vinicius. Breno avisou que estava ocupadíssimo e não poderia participar. Perdeu a cena: os cinco jovens, todos na faixa dos 20 anos, nunca tinham se visto na vida, mas, num clique, estavam conectados.

Discutiram ideias sobre as suas empresas, abriram o computador para mostrar os planos de negócios e até chegaram a trocar figurinha do que poderiam fazer juntos no futuro. Depois de quatro horas trancados em um estúdio de fotografia em São Paulo, todos estavam tão descontraídos que dançavam para a câmera. Eis a novíssima safra de empreendedores. Sem hesitações ou medos e com uma boa dose de autoconfiança e ousadia, esses rapazes e moças estão reinventando o jeito de fazer negócios. Representantes da chamada geração You geração milênio, como foram batizados os nascidos dos anos 80 para cá, sua forma de pensar e agir pode atordoar - mas sobretudo surpreender - quem veio ao mundo antes do controle remoto. Impacientes e criativos, imediatistas e versáteis, eles começam a ganhar milhões com os seus projetos. Como? Você saberá a seguir. Pequenas Empresas & Grandes Negócios levantou as características marcantes do grupo e revela, em primeira mão, o novo rosto do sucesso.

>>>Domínio da tecnologia
Para a geração milênio, a afinidade com a internet é instintiva, seja no lazer ou no trabalho. "Eles conseguem facilmente na web informações sobre fornecedores, clientes e tendências de consumo", diz Andrew Zacharakis, professor de empreendedorismo do Babson College, nos Estados Unidos. A trajetória de Breno Masi, 26, lhe dá razão. Junto com um amigo que conheceu na rede e a ajuda de comunidades virtuais, ele foi um dos primeiros do mundo a destravar o iPhone. Divulgou a proeza no YouTube e transformou o desbloqueio em um rentável negócio. Também graças à rede, o paulistano Paulo Vinicius de Souza, 23, pôde expandir para o Rio de Janeiro as operações da Tchu-Tchuá, sua empresa de recreação e eventos, com site próprio, comandada de São Paulo. Sinal de que, nas mãos desses novíssimos empresários, a tecnologia já se tornou uma poderosa - e barata - ferramenta na busca de clientes.

>>>Mais colaboração e menos hierarquia
Se até há pouco tempo os empreendedores eram vistos como seres solitários, a nova geração se diferencia pelo alto poder gregário. "Por ter crescido no mundo online, os jovens são mais abertos a cooperar com os outros, a dividir e discutir ideias", diz Reinier Evers, fundador da Trendwatching, empresa holandesa especializada na análise de tendências. Um estudo com quase 6 mil jovens de 12 países - Brasil incluído -, coordenado pelo americano Don Tapscott, autor do best-seller Wikinomics e do recém-lançado Grown up Digital (ainda sem versão em português) apontou outra característica desses jovens: forte rejeição à hierarquia das empresas. Tome-se como exemplo o caso da FingerTips, a desenvolvedora de aplicativos para iPhone de Breno. "Não controlamos horários e nossos programadores podem trabalhar em casa", conta. "Cada um tem liberdade para encontrar a melhor forma de realizar suas tarefas", complementa ele, totalmente sintonizado com duas outras tendências apontadas pelo levantamento de Tapscott: a valorização da autonomia e a qualidade de vida.


Inovação é ponto forte dos empreendedores Y. "Eles têm mais facilidade em quebrar paradigmas para conceber novos produtos, serviços ou processos", avalia Raphael Zaremba, professor de empreendedorismo da PUC-RJ. O consultor Fernando Dolabela, que acaba de lançar Empreendedor Aprendiz, pensa parecido. "Eles não têm uma visão amarrada. São capazes de se perguntar: 'Por que isso tem que ser assim?'"

>>>Imediatismo
Eles buscam velocidade. E não só nos videogames. Acostumados a conseguir o que desejam com um clique no mouse, fazem várias coisas ao mesmo tempo e não têm o hábito de esperar. Em recente pesquisa conduzida pela MTV, 20% dos jovens brasileiros admitiram ser impacientes. Gustavo Ely Chehara, da rede de docerias Docella, é o típico exemplo. "Nunca quero as coisas para hoje, sempre para ontem", diz. Tamanha pressa pode dar agilidade aos negócios - fator essencial para o sucesso num mundo que gira cada vez mais rápido. Mas, em excesso, o imediatismo também atrapalha. "Reflexão e estratégia pedem tempo", alerta Mathieu Carenzo, diretor administrativo do Centro para Empreendededorismo da IESE Business School, da Espanha. "Eles têm dificuldade em entender que é preciso esperar para obter bons resultados", afirma David Kallás, professor do Insper (novo nome do Ibmec São Paulo).

>>>Atuação global e em nichos específicos
A mais nova empreitada do estudante Bruno de Araujo, 21, ainda não saiu do papel. Ainda assim, ele planeja, logo que abrir a empresa, despachar guitarras para o mundo todo. "Para mim, tanto faz se o cliente está na esquina, nos Estados Unidos ou na China", diz Bruno. Para empreendedores como ele, exportação não é privilégio de gente grande. "Graças às novas tecnologias, os jovens fazem negócios globais por definição", afirma Evers, da Trendwatching. A mesma lógica impulsiona a abertura de empreendimentos focados em nichos específicos, sem mercado suficiente na vizinhança, mas com bom número de consumidores. As empreendedoras Patrícia Andrade Helú, 22, e Patrícia Lens Cesar, 26, ilustram bem essa habilidade. No ano passado, elas inauguraram um site para vender roupas feitas para ficar em casa. Com o sucesso da operação, acabaram abrindo uma loja física, mas a internet ainda é responsável por quase metade das vendas.

>>>Preocupação com a sustentabilidade
As duas Patrícias e o estudante Bruno mencionados anteriormente têm uma outra preocupação comum: o meio ambiente. Ele planeja fabricar guitarras de madeira reciclada e cordas revestidas a pet, entre outras especificações verdes. Elas querem lançar uma coleção 100% sustentável, com corantes naturais e material orgânico.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A teia social de Eli

por Maurício Meireles para o site do SEBRAE

0,,43370540,00No galpão atrás da Igreja de Santana, no centro do Rio de Janeiro, trabalham 80 mulheres de 23 comunidades da região metropolitana. A história delas tem em comum pobreza, sofrimento e dramas familiares, em geral as três coisas. Nas mesas espalhadas pelo galpão, elas trabalham com cola, tesoura, cartolina, tecidos e outros materiais. Uma corta, a outra dobra e uma terceira costura. “Lembrem: menos é mais”, diz a artista plástica Eli Tosta ao microfone, o único jeito de ser ouvida no meio de tanta gente. Ali acontece uma oficina de artesanato ministrada pela artista, dona do Ateliê Brasil. A empresa, pioneira em fazer o meio de campo entre o Terceiro Setor e o mercado, ajuda na geração de negócios sustentáveis para comunidades tradicionais de todo o país. Eli prepara e articula grupos de artesãos para confeccionarem os produtos comercializados por sua empresa.

Você pode até não conhecer o nome, mas é provável que já tenha visto um dos produtos assinados pelo Ateliê Brasil. Com 16 anos de estrada, Eli é a principal responsável por brindes corporativos e embalagens de produtos de mais de 20 empresas brasileiras e internacionais. São bancos, mineradoras e fabricantes de cosméticos. O Banco Mundial está entre seus clientes. “Artesanato” nem é a palavra certa para explicar o que a empresa faz. Eli usa a expressão “produto social”. Tradicionalmente, o artesão é o profissional que usa uma técnica não industrial e domina todas as etapas da confecção do produto. Nas oficinas que Eli ministra pelo Brasil, ela enfatiza a importância do trabalho em equipe como caminho para chegar ao mercado. “Enquanto uma corta, a outra costura. Assim ganhamos tempo e produtividade”, diz. Outra vantagem é que o trabalho em equipe evita que técnicas artesanais desapareçam. “Se há um só velhinho no interior da Bahia que sabe fazer determinado produto, essa técnica pode morrer com ele”, afirma Eli.

O objetivo das oficinas não é apenas treinar mão de obra. Com elas, Eli cria uma rede de fornecedores em potencial, que talvez nunca conseguissem grandes clientes sem a ajuda do Ateliê Brasil. A empresa tem mapeadas 1.900 comunidades em todo o país. Se enquanto você lê esta reportagem um banco encomendar 20 mil brindes de Natal, Eli vai consultar o mapa para ver qual das 1.900 comunidades que ela visitou nos últimos 16 anos tem capacidade de atender àquele pedido com qualidade e no prazo. Com sua eficiência, o Ateliê Brasil resolveu um problema antigo das empresas: elas querem fazer negócios com o Terceiro Setor, mas não sabem quem procurar ou têm medo. Com uma empresa “séria” fazendo o meio de campo, é mais fácil para os dois lados. “Nossos produtos já saem com código de barras. Nunca perdi um prazo”, afirma Eli.

Quem prestar atenção só no jargão dos negócios que Eli usa para motivar seus parceiros pode não perceber que ali está, antes da empresária, uma artista sensível e bem-sucedida, que já expôs em museus como o Louvre e o Museu Nacional Italiano. Ela afirma que o olhar de artista – responsável por ver a beleza em folhas, madeiras e garrafas PET – botou a empresa de pé. Eli só lamenta não ter mais tanto tempo para pintar. Ela diz que acaba de abrir mão de expor na Itália por causa do trabalho.

Descendente dos primeiros italianos e espanhóis que colonizaram Mato Grosso do Sul, Eli se define como uma mulher do Pantanal. “Cada vez que começa a primavera, nem preciso fechar os olhos para ver o jardim de ipês do Pantanal, com várias cores explodindo, os bichos convivendo. Pode ter outro lugar no mundo assim, mas eu nunca vi”, diz. Eli conta que aos 9 anos “assaltava” a cozinha da fazenda da família para distribuir comida entre os ribeirinhos. Com o tempo, percebeu que dar comida podia até ajudar, mas não tiraria aquelas pessoas da pobreza. Começou a pedir ao pai que arrumasse emprego para eles. Hoje é ela quem arruma emprego para as pessoas.

A artista e empresária se emociona quando ouve as histórias de como o trabalho muda a vida das pessoas. Na semana passada, uma das mulheres na oficina do Rio dava socos numa bola de jornal que viraria a cabeça de um anjo. “Tô fingindo que isto aqui é a cabeça do meu marido”, dizia. Eli depois explicou que já viu coisas assim outras vezes: são as mulheres que apanham dos maridos. “Mas o trabalho faz com que elas se sintam úteis, recuperem a autoestima”, afirma.

A família de Bruna Gurgel, de 16 anos, foi abandonada pelo pai quando ela ainda era criança. O irmão de 25 anos era a figura paterna que Bruna tinha, mas ele foi preso há sete meses durante um assalto. “Ele era meu melhor amigo”, diz Bruna. A adolescente entrou em depressão, não saía de casa, quase largou os estudos – mas encontrou no artesanato um novo sentido na vida. Ana Alves, de 57 anos, empregada doméstica e mãe de cinco filhos, chegou a tentar o suicídio quando se viu diante do desemprego e da depressão. O aluguel da casa e o colégio dos filhos estavam atrasados havia seis meses quando a diretora da escola a contratou para fazer brindes para as crianças. Hoje, vive disso. Conseguiu comprar casa, carro e voltar às aulas de dança de salão. “O trabalho salvou minha vida”, diz ela.

Há também as histórias de transformação coletiva. Euzébio, uma cidade de 40 mil habitantes no interior do Ceará, tinha renda per capita de R$ 20. Hoje, os artesãos ganham R$ 15 por garrafa coberta com chita produzida na cidade. “Conseguimos diminuir os índices de violência, alcoolismo e outros problemas nos lugares em que fazemos negócio”, afirma Eli. O Ateliê Brasil cresceu mais do que sua fundadora esperava ou pretendia. O motivo é o aumento da demanda por produtos sustentáveis do Brasil. O caminho natural da empresa vai ser a exportação. “Já temos uma demanda grande no exterior, mas ainda não posso exportar sem que isso atrapalhe nosso trabalho no Brasil”, diz Eli.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Saiba como divulgar o seu currículo pelo Twitter em apenas 140 caracteres

Desde que o Twitter virou um sucesso entre os brasileiros, outros costumes vieram à tona. Se no microblog divulga-se todo tipo de informação num curto espaço, por que não divulgar também um currículo em 140 caracteres?

Segundo Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum, quem procura emprego deve também se atualizar, e as redes sociais podem ser utilizadas como um complemento no processo de recolocação profissional.

“É importante que o currículo do candidato seja amplamente distribuído. Quanto mais for disseminado, maiores serão as chances deste profissional ser visto e recolocado”, conclui Marcelo.

Uma vez com o currículo hospedado na internet, o usuário pode fazer uma “chamada” no Twitter ou em outras redes sociais, e no final colocar um link que servirá para acessar o seu currículo completo.

Luiz Pagnez, diretor do Emprego Certo, diz que o Twitter pode ajudar, sim, em complementar o seu perfil. Manter um microblog com vários posts pertinentes à sua área de atuação ajudará o profissional a mostrar seus conhecimentos e interesses a possíveis recrutadores, mas “vender seu peixe” em tão pouco espaço não é tarefa fácil.
Segundo Luiz, não é necessário criar um perfil exclusivo para divulgar o currículo, pois dificilmente o candidato vai conseguir manter dois perfis - um para uso pessoal e outro para uso profissional.

“Não adianta criar um perfil e deixar apenas um link para seu currículo publicado. O profissional deve ter conteúdo e 'vender' seu conhecimento ao mercado, atraindo seguidores que estarão dando alguma credibilidade àquela fonte de informação. Dificilmente um perfil puramente de propaganda terá milhares de seguidores. Isto vale também para a autopromoção”, afirma Luiz.

Tweets
O candidato deve ficar atento, pois tudo que for postado em seu perfil no Twitter será avaliado. Informações erradas, levianas ou informais demais poderão passar a um possível recrutador uma impressão errada.

"Se a pessoa usar o Twitter apenas para postar piadas, por exemplo, poderá levar o recrutador a pensar que ele fará isso no novo trabalho e eliminá-lo do processo. É necessário ter cuidado com aquilo que escreve, com a foto e nome utilizados para que aspectos pessoais não prejudiquem o profissional, caso uma empresa leia o seu perfil”, aconselha Luiz.

Não dá para falar tudo em 140 caracteres, mas o importante aí é colocar o que tem maior destaque na formação e experiência para tentar chamar a atenção do recrutador. Isso despertará interesse  para que ele queira ver o histórico completo do profissional em seu currículo.

Palavras-chave
De acordo com Luiz, se o profissional estiver usando o microblog como uma vitrine profissional, naturalmente seus posts estarão cobrindo ao longo do tempo as principais palavras chaves da sua área de atuação.

“É muito importante colocar, na descrição do seu perfil, sua profissão e objetivos profissionais. Mas pensando em um tweet específico de venda do currículo, não há palavras chaves. O profissional precisa descrever suas principais qualificações e ser objetivo”, explica o diretor do Emprego Certo.

Exemplos de Tweets

Gerente de RH formado pela PUC, com grande experiência em empresa multinacional e inglês fluente busca recolocação http://bit.ly/ex_curric

Busco nova oportunidade profissional. 10 anos de experiência em recrutamento e seleção, com pós graduação em RH http://bit.ly/ex_curric

Em busca de novos desafios profissionais. Designer com especialização em Gestão de Projetos e 5 anos de experiência http://bit.ly/ex_curric

por Danilo Schramm

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que é a tal da “compra coletiva?”

Liquidação total, o patrão enlouqueceu! Iogurte gelado de R$ 9 por R$ 2,69. Pizza grande, de R$ 35, por R$ 9,90. Depilação completa, de R$ 135 por R$ 29.

Não, gente, ninguém está doido. Essas ofertas são reais e estão na internet. Bem-vindo ao mundo das compras coletivas.

Compra-Coletiva-PousadasAtenção, mulheres! Essa reportagem é pra aquelas que se orgulham de uma compra bem feita e baratinha. Mônica Machado não perde um super desconto. Pela internet, comprou um dia de madame no spa. Banho de espuma e sais, esfoliação, escalda pés, uma sessão de reflexologia, além de uma super massagem corporal: tudo isso de R$ 459 por R$ 99! “Se o propósito era relaxar, estou super relaxada. Ainda mais para quem mora nas grandes cidades. E pelo preço, nem se fala”, diz a advogada.

Para quem ainda não embarcou nesta febre, o modelo mais comum funciona assim: um site oferece um serviço ou produto com descontão, de 50% a 90%, durante 24 horas. Mas esse preço baixinho só tem valor se um número determinado de pessoas comprar a oferta. Depois de atingido esse número mínimo, todos ganham cupons que dão direito à promoção.

“Na maioria das situações, a gente bate o mínimo por muito. A gente teve uma iogurteria no Rio de Janeiro que, acho que o número mínimo era 50, e a gente vendeu 23 mil frozen yogurts em 24 horas, que é o número que eles vendem em três meses”, diz Júlio Vasconcellos, criador do site Peixe Urbano.

Os sites de compra coletiva mexem com um fator que é fundamental napeixe-urbano hora da compra: o tempo. O relógio está correndo e o consumidor faz a compra por impulso. Muitas vezes, ele não precisa tanto daquilo que está levando, mas ele compra. A promoção está lá, vai durar muito pouco e, na dúvida, muitos escolhem aproveitar.

Difícil resistir a ofertas tão tentadoras. “Se a gente colocasse a oferta de um mês, provavelmente a pessoa ia entrar e falar assim ‘ah, será que eu compro ou não? Vou deixar pra amanhã’”, afirma Rodrigo Monzoni, proprietário e criador do Oferta Única.

A novidade que desembarcou por aqui no começo do ano faz sucesso nos Estados Unidos há um tempão.

“Pelo caso de sucesso americano, tudo indica que realmente não é um modismo, não é uma modinha. O primeiro grande site americano foi vendido com meses de existência por uma cifra maior do que US$ 1 bilhão. A gente já começa a ver compras, fusões e aquisições no Brasil, mesmo o segmento tendo pouco mais de um ano de existência. Enfim, é um modelo de negócio que já está transformando alguns empreendedores brasileiros, alguns pioneiros, em novos milionários da internet”, diz Gerson Rolim, diretor executivo da camara-e.net.

comprasJúlio é o primeiro deles. Criou o site pioneiro e abriu as porteiras para outros 40 que surgiram depois. São mais de 150 funcionários, entre redatores, designers, representantes comerciais, e, é claro, uma galera que entende de computador, programação e internet. A maioria tem entre 25 e 30 anos de idade.

O jovem site já tem mais de um milhão de usuários. O faturamento é guardado a sete chaves, mas dá pra ter uma ideia. Veja só esse caso: um hotel de luxo de Búzios, no Rio, resolveu anunciar uma mega promoção. Um fim de semana, duas diárias por R$ 580, menos da metade do pacote normal, de R$ 1.200.

À meia noite de uma quarta-feira, foi dada a largada, e, às 8h30 da manhã, 200 pacotes já estavam vendidos. Depois, ao meio-dia, tudo teve que parar, porque foram 750 pacotes vendidos. Um sucesso para todos e uma loucura no setor de reservas.

Uma jogada de R$ 435 mil. O site ficou com a metade e o hotel com a outra: R$ 217.500 em 12 horas. No fim das contas, o hotel recebeu R$ 145 por diária, o suficiente para cobrir os custos.

O lance para o empresário não é o lucro. É conquistar novos clientes, divulgar a marca.

“O nosso objetivo não foi olhar isso. A gente tem que enxergar muito além, o que a gente recebeu de retorno. Fora que esse cliente que está lá, ele consome, e tem o boca a boca. Eu sei lá que ia conseguir atingir alguém que está em Cuiabá, fora toda a ação de marketing que a gente pode fazer no pós-venda. Esse cliente pode retornar, com outras situações que a gente pode oferecer na época de baixa temporada, o nosso mailing cresce muito mais, então tem todo um trabalho que pode fazer em cima desse cliente”, explica Tatiana, diretora do hotel Marina.

O mercado de compras coletivas é promissor, mas já existe um consenso de que poucos sites devem sobreviver. Pensando nisso, os sócios Rodrigo e Antonio aboliram aquele número mínimo para a promoção valer. A pessoa faz uma compra coletiva, pero no mucho!

“Ou seja, ela não precisa esperar formar o grupo. Então, comprou, ela sabe que vai levar e ela já imprime o cupom. Ela vai poder ir ao restaurante, no cabeleireiro, na estética, na hora”, diz Antonio Mouallem, proprietário e criador do Oferta Única.

Mas em meio às tentações dos sites, vale ter cuidado. As ofertas costumam ter prazo de validade, dia e condições para serem usadas. É bom ler as instruções na compra.

“Eu fiquei bem ressabiado no início. Porque a internet a gente tem uma tendência a não confiar. E eu não tinha o costume de comprar nada. Fiquei ressabiado por colocar senha, por ser cartão de credito, mas quando eu conversei com uns dois ou três amigos, e eles já tinham comprado, fiquei mais confiante. Fiz a primeira compra, beleza. Fiz a segunda compra, beleza. Agora fico lá pesquisando pra ver o que acontece. Porque deu certo, né?”, afirma o publicitário Sidnei Oliveira.

Tão certo que Sidnei comprou um jantar de surpresa para a namorada. Ele não curte comida japonesa, mas ela sim! Desculpa, Graziela, mas vamos revelar o valor do presente. O prato, para duas pessoas, sairia por R$ 92. Com a oferta, R$ 37. Para os clientes, vale a pena.

No boca a boca, o casal convenceu dois amigos a aproveitarem a promoção também. O rapaz ganhou pontos com a namorada. A compra é coletiva e o prazer também.

Reportagem do jornal O GLOBO do dia 20/10/2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tecendo o futuro

Toneladas de sobras de tecidos são descartadas no país todos os meses. A EcoSimple reaproveita essas aparas para criar um material reciclado de alta qualidade

por Marisa Adán Gil para o Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Parece uma ideia simples: produzir e comercializar tecidos sustentáveis, que possam ser usados tanto na moda quanto na decoração. Mas foi preciso que três empresas diferentes - uma de fiação, outra de tecelagem e uma terceira focada em distribuição - se unissem para que surgisse a EcoSimple, especializada na reciclagem de tecidos. "Tem muita gente por aí que diz que faz tecido sustentável, mas não é verdade", diz Claudio Emídio Rocha, 40 anos, diretor comercial e um dos fundadores do negócio, com sede em Americana (SP). "Estão vendendo gato por lebre. O tecido da EcoSimple é feito com o mínimo de prejuízo para a natureza."

Para chegar a esse resultado, tiveram de superar alguns obstáculos. Foi necessário investir em novas tecnologias que adequassem a matéria-prima artesanal (aparas de tecido) ao processo industrial (tecelagem). Uma das soluções encontradas foi adicionar 15% de fibras de PET reciclado durante a fiação. "Dessa maneira, conseguimos fazer um fio mais resistente, pronto para o uso." Também foi realizado um trabalho de convencimento do mercado. "Muita gente pensa apenas no dia de hoje. Mas a indústria têxtil é uma das que mais agridem a natureza. Isso devia ser mais importante." Outro problema, segundo ele, é a falta de uma política de impostos adequada. "No setor têxtil não há isenções, como as que existem em outras atividades ligadas à reciclagem."

O negócio, que completou um ano de vida em setembro, deve faturar R$ 2,6 milhões em 2010 - em 2011, esperam chegar a R$ 12 milhões. "A tendência é de crescimento", diz Rocha. Recentemente, acertaram com o estilista Alexandre Herchcovitch a produção de uma linha de tecidos. Em breve a empresa deve fechar parcerias com duas importantes marcas de artigos esportivos.

Marcos Camargo

FIOS SUSTENTÁVEIS
O processo de fabricação começa com a coleta das aparas de tecidos dispensadas por empresas de Blumenau (SC). Esse material é levado para um centro de triagem em Navegantes (SC), onde famílias de baixa renda separam os tecidos por cor e tipo. A matéria-prima segue para Americana (SP), onde acontece a fiação: os fios são separados em cones e depois encaminhados para a etapa final, de tecelagem.

PADRÃO DE QUALIDADE
Funcionários vistoriam o processo para garantir a qualidade do resultado. O tecido produzido pela EcoSimple é totalmente sustentável. Já sua produção não utiliza água, produtos químicos ou corantes - a tonalidade vem das sobras de tecido originais.

DE OLHO NA PRODUÇÃO
Claudio Emídio Rocha, diretor comercial e um dos fundadores do negócio, supervisiona o processo de tecelagem: os teares transformam os fios em tecidos de diferentes cores, que serão usados na confecção de roupas, artigos esportivos e de decoração.

RECICLAGEM HI-TECH
Operadores abastecem as máquinas com os fios reciclados, já fortalecidos com a adição de fibras de garrafa PET: foi necessário adaptar a matéria-prima artesanal ao equipamento de última geração.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dica de beleza AEF–Aposte na maquiagem colorida no verão 2011

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O verão 2011 tendências, cores.

A grande novidade é o uso das cores. Agora é possível misturar três tendências – a dos anos 60,70 e 80 – dentro de um mesmo look, deixando o visual mais moderno e sofisticado.
Pode ser feita uma combinação entre as cores quentes e frias.

Traços reforçados e acréscimo de cores vivas.

As tendências de maquiagem 2011 surpreendem, revelam o quanto o visual feminino pode ser inovado e ganhar características delicadas. O passo a passo para se maquiar não muda, a ordem de uso dos cosméticos deve ser respeitada por todas as mulheres, por isso o grande diferencial está nos traçados e a aplicação de cores. Cada estação tem suas influências para compor o make.

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Tendências de maquiagem verão 2011 sobrancelhas marcadas, traços reforçados e acréscimo de cores vivas. Um resgate dos anos 80 trará personalidade ao rosto feminino. O azul promete ser um tom bastante usado na composição do make, junto com um iluminador. Reforçar o tom bronzeado da pele com naturalidade é uma outra tendência.

Dica enviada pelos Gêmeos Maquiadores Alexx e Aless da família Achar É Fácil!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Por que os produtos eletrônicos são tão caros no Brasil?

OS OLHOS DA CARA!

O Playstation 3 foi lançado oficialmente no Brasil no último mês de agosto, com quatro anos de atraso. Agora, ele não é mais importado pelas lojas, mas diretamente pela SONY, que adaptou embalagens, manual e dá um ano de assistência técnica no País. Parecia uma boa notícia, mas o preço deixou os consumidores de cabelo em pé: R$ 2 mil. Segundo o fabricante, a culpa seria dos impostos. “De maneira geral, a taxação dos produtos eletrônicos fica entre 42% e 54% e o consumidor não tem a menor noção disso quando compra os produtos”, diz Fernando Steinbruch, diretor do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), sobre os impostos que incidem no país.

wii-playstation-3-xbox-360Os maiores são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cobrado pelo Governo Federal e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do governo estadual. Segundo Steinbruch, esses impostos pesam no precó final dos eletrônicos porque seguem um princípio de seletividade. “Quanto mais supérfluo for o produto, maior será o imposto”, diz. Como o feijão com arroz é mais necessário à sobrevivência do que um videogame, os geeks se dão mal.

Quando se trata de um produto importado, o caso do Playstation, ainda há a incidência do Imposto de Importação. “Nesse caso, o objetivo é proteger a indústria nacional”, diz Steinbruch. Para o tributarista, o governo não sairia perdendo com uma redução dessas taxas já que, durante a crise de 2008, baixou o IPI dos eletrodomésticos e, mesmo assim, não perdeu arrecadação porque o consumo aumentou. Poderia fazer o mesmo com o videogame pois, para muita gente, esse parece ser um produto de primeira necessidade!

por Guilherme Rosa para a revista GALILEU de novembro/2010.

E você? O que acha desta elevada carga de impostos que o nosso governos nos sujeita? Mande sua opinião!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Com apoio do Sebrae, lan houses atenderão empreendedores

Um social game foi a maneira que o Sebrae encontrou para transformar centros públicos de acesso pago (lan houses, na definição do Centro Gestor da Internet – CGI) em Pontos de Acesso a Serviços e Produtos da mesma entidade.

Os Pontos de Acesso, ou Pontos de Formalização, oferecem cursos de capacitação e meios online de formalização para empreendedores. A partir daí surge uma nova função social para as lan houses, que em 2009 foram responsáveis pelo fornecimento do acesso a 45% dos brasileiros que usaram a internet, segundo o CGI.

O Desafio Lan Sebrae, que teve sua segunda fase iniciada no dia 27/09, é uma estratégia de articulação para a rede social Raio Brasil (http://raiobrasil.ning.com), fruto da iniciativa Sebrae-CDI, que envolve o Comitê para a Democratização da Informática (CDI), ONG que há 15 anos promove a inclusão digital no Brasil e em mais 12 países.

No Raio Brasil, mais de 1.000 proprietários de lan house mantêm contato entre si e com o Sebrae. Os membros podem participar da primeira etapa do Desafio Lan Sebrae, que se baseia em 12 atividades relacionadas ao empreendedorismo e à formalização. Após concluí-las, o participante recebe uma certificação de Ponto de Formalização da entidade provedora da iniciativa.

Mais de 100 lan houses já foram certificadas como tal. Elas agora podem concorrer a prêmios e a uma viagem a Brasília, onde poderão conhecer a sede do Sebrae Nacional. Para isso, basta que consigam se manter no topo do ranking da segunda fase do jogo social.

Nesta nova etapa, os participantes são desafiados a apadrinhar outras lan houses, levando-as a concluir a primeira parte do Desafio Lan Sebrae. Os Pontos de Formalização ganham pontos ao responder quizzes, que são elaborados para traçar o perfil dessas lan houses, dizendo se elas estão mais aptas para o oferecimento de jogos, serviços etc.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cuidado: não misture seu negócio com sua vida pessoal!

Por Carlos Miranda para Pequenas empresas & Grandes negócios

Outro dia estava conversando com um empreendedor que precisava de financiamento para pagar dívidas geradas por conta de ter colocado suas despesas pessoais e familiares dentro de sua empresa.
Esse empreendedor tem um negócio extremamente promissor, mas hoje essas dívidas estão tornando o empreendimento praticamente inviável.
Quando perguntei a ele como foi esse processo, me disse que basicamente foram dívidas criadas de duas formas: o seu pró-labore, que tinha um valor extremamente generoso para o tamanho de seu negócio, e as despesas de sua vida pessoal, tais como compra de automóveis para ele e a esposa e pagamento de empregados, clube e caseiro da casa de praia, entre outros.
O pior é que ele e a família foram se acostumando com o padrão de vida ligado a essas despesas, e a empresa (que era a única fonte de renda da família) estava entrando em um processo de falta de recursos para investimentos. Agora, não só o seu negócio mas também a família caminham para um colapso financeiro. Da forma mais traumática possível, esse empresário começou a aprender o perigo de misturar as pessoas físicas com as jurídicas.
Durante a nossa conversa, esse empresário comentou que achava incrível como os empreendedores de origem mais simples, que passaram mais dificuldades na vida, foram muito mais bem-sucedidos do que aqueles com melhores condições sociais.
Realmente, ele está certo. Quando olhamos as histórias de empreendedores brasileiros de sucesso, ficamos impressionados com a grande quantidade daqueles que começaram do zero ou, como diz um grande empreendedor meu amigo, do “menos dez”.
Não pretendo fazer aqui nenhum tratado sobre isso, mas, quando analisamos a história de todos eles e a forma que administram seus negócios e suas vidas, percebemos que essas pessoas são extremamente cuidadosas ao administrar os próprios recursos e os de sua organização. Na grande maioria das vezes, aprenderam desde cedo que só se gasta o que dá e guarda-se um pouco para os períodos mais difíceis. Mais importante, sabem que seu padrão de vida deverá sempre ser compatível com a remuneração que o seu negócio pode oferecer.
Um dos grandes inimigos das pessoas, e mais ainda daqueles que pretendem empreender, é a vaidade. Às vezes, empreendedores se endividam e usam a operação de suas organizações em benefício próprio, por conta de manter um “status” e mostrar uma imagem de bem-sucedido. Essa fachada irá rapidamente desmoronar se não souberem ter a humildade suficiente para viver dentro de seus recursos ou, se for o caso, dar um passo para trás para proporcionar um grande salto para frente.
Costumo dizer que, apesar dos avanços das formas de se administrar um negócio e das inúmeras formas de se
financiar o mesmo, existem procedimentos que de tão básicos são esquecidos, mas que nunca devem mudar. Por exemplo: custos e despesas devem ser menores que receita, pró-labore deve ser proporcional ao tamanho do negócio e só se tira dinheiro da empresa se ela der lucro, depois de pagar todas as suas obrigações com colaboradores e com o governo.
Realmente, isso pode parecer muito básico, e é mesmo. Isso deveria ser um mantra a ser repetido diariamente aos empreendedores, tal como um treinamento de esporte, em que os movimentos são repetidos à exaustão até serem incorporados naturalmente pela pessoa.
Esse procedimento, embora simples e óbvio, será extremamente importante ao longo da vida de uma organização, principalmente para aqueles que estão com foco em crescimento.
Fazer crescer uma organização pressupõe fazer certo desde o início. Ou seja: saber fazer contas, pagar impostos e, principalmente, respeitar o negócio, seus colaboradores e seus sócios antes de tudo.
Essas atitudes simples e óbvias serão decisivas no processo de crescimento da organização, pois trarão equilíbrio, credibilidade e, certamente, pessoas e instituições dispostas a investir no negócio. Lembre-se: menos é mais.

Carlos Miranda é presidente e fundador do fundo de Private Equity BR Opportunities, mestre em administração de empresas pelo IBMEC RJ e co-autor do livro “Empresas Familiares Brasilieiras”, organizado pelo Prof. Ives Gandra Martins

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dicas de Maquiagem - Sobrancelhas

As sobrancelhas são as molduras dos olhos e complementam a harmonia do rosto, a sobrancelha tem a capacidade de deixar o olhar mais atraente ou até mesmo deixar com aspecto triste , por isso as sobrencelhas devem ser bem definidas e feitas da maneira correta para volorizar o seu look.

sombrancelha pinca 2

A sobrancelha perfeita não deve ser nem muito fina e nem muito grossa . Atualmente existem vários salões de beleza que disponibilizam para as suas clientes o desinger de sobrancelhas , que irá calcular a melhor maneira de fazer a sua sobrancelha afim de valorizar o seu tipo de rosto.

Vale lembrar que uma sobrancelha bem definida é capaz de fazer verdadeiros milagres até mesmo rejuvenescer alguns anos. O desenho da sobrancelha deve ser sempre proporcional ao tipo de rosto e formato de olhos, por isso não adianta querer ter a sobrancelha no formato da atriz da novela ou da melhor amiga se esse tipo não irá lhe favorecer.

Apesar de existirem várias técnicas para fazer a sobrancelha a melhor técnica é fazer a sobrancelha com a pinça. O uso da cera para delinear a sobrancelha é contraindicado para mulheres acima dos 30 anos pois pode ocasionar flacidez na pele . Outra técnica bastante utilizada é a linha egipcia, porém é um pouco mais dolorida . A manutenção das sobrancelhas deve ser realizada a cada 15 dias. Evite arrancar os pelos em casa caso não tenha experiência e os acessórios necessarios.

Dica enviada pelos Gêmeos Maquiadores Alex e Aless, da família Achar É Fácil!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sete dicas de economia para negócios caseiros

Escrito por Andressa Trindade para PE&GN

Uma das melhores vantagens de ser um empreendedor é ter liberdade para tomar decisões e fazer os planejamentos que julgar mais apropriados. No caso das pequenas empresas, que geralmente trabalham com orçamento mais apertado – principalmente aquelas que funcionam na casa do empreendedor –, o gerenciamento do dinheiro é fundamental para o sucesso do negócio. Por isso o empresário deve saber economizar o que for possível.

Uma seleção de ideias, publicadas no site da revista Entrepreneur, ajuda o empreendedor a entender e colocar em prática maneiras simples de economizar e, ao mesmo tempo, administrar corretamente o negócio. Confira:

1. Faça você mesmo – Começar sozinho uma empresa permite que todo o trabalho (ou parte dele) seja feito por você mesmo, e isso significa menos funcionários e corte de custos. Porém há outro benefício nessa escolha: o ganho de experiência, principalmente na dinâmica do “acerto-erro”, que é fundamental para o empresário – e não pode ser adquirida em nenhum curso, palestra ou livro, apenas com a mão na massa mesmo.

2. Publicidade – Pagar para anunciar em grandes veículos, até mesmo em sites mais conhecidos, pode custar um dinheiro muito útil para outras despesas essenciais da empresa. Por isso o empresário deve usar a internet a seu favor: postar em fóruns e blogs pode ser uma boa forma de atrair atenção para a marca e também internautas para a página da empresa. Tudo sem nenhum custo.

3. Permutas – Uma outra maneira de cortar custos é fazendo permutas, isto é, trocando serviços ou produtos por recursos necessários à empresa. Uma exemplo é contratar profissionais, como um webdesigner, e oferecer como pagamento (ou parte dele) um espaço para publicidade no site da empresa. Isso pode ser muito interessante, principalmente se o site tem boa audiência.

4. Contratação de contadores – É sempre uma boa ideia ter um contador, mas algumas dicas podem ajudar a reduzir os honorários desses profissionais. Muitos softwares, como o Quick Books, acompanham as receitas e despesas da empresa e transferem essas informações diretamente para o seu contador – fato que diminui o trabalho e tempo gasto por esse profissional. Tudo isso é traduzido em redução de custos.

5. Terceirização de pessoal – No começo de uma empresa pequena, é mais viável que o empreendedor toque os negócios sozinho. Mas, quando começa a haver crescimento, é interessante terceirizar esse serviço ou contratar free-lancers para algumas funções. A opção é benéfica porque economiza no pagamento de impostos e benefícios. Outra vantagem é poder “testar” esses profissionais antes de uma possível efetivação.

6. Estudantes como força de trabalho – A contratação de estagiários é outra maneira de economizar. Eles estão cheios de força para aprender e querem mostrar as habilidades que têm e escrever toda essa experiência nos currículos. A melhor parte é que seus salários custam menos para a empresa.

7. Networking – Envolver seu negócio em redes locais é uma boa maneira de promover você e seu negócio. Alguns sites, como o Meetups.com, são ferramentas para conectar grupos e empresas. A maioria dessas ferramentas são gratuitas ou têm custo baixo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lições de empreendedorismo–de RadioHead a Tina Fey

radiohead2A banda britânica inovou ao pedir que o público definisse o preço do download de seu disco In Rainbows

Em março deste ano, a revista PEGN publicou uma reportagem dizendo que os empresários teriam muito a aprender com James Cameron, o diretor de Avatar, o filme com a maior bilheteria de todos os tempos. Construir uma visão, não ter medo de investir e pensar a longo prazo seriam algumas das lições que os empreendedores poderiam aprender com o diretor de cinema.

Carol Tice, repórter da revista americana Entrepeneur, foi além e listou uma série de personalidades da área cultural que podem servir como inspiração para empreendedores. Na reportagem, ela mostra como ideias e sugestões surgem de fontes inesperadas - prova de que o empreendedorismo está mesmo em toda a parte. Aqui, alguns exemplos.

Radiohead Quando todos se perguntavam como resolver o dilema entre garantir a sobrevivência da indústria musical e permitir que o público tenha acesso a downloads gratuitos, o Radiohead surgiu como uma ideia absolutamente inovadora: que tal permitir que o público baixe o seu disco na internet e determine, ele mesmo, quanto deve pagar? Milhões de fãs fizeram o download de In Rainbows, pagando preços que iam de US$ 0 a US$ 12, em média. Logo depois, o Radiohead lançou uma edição de luxo do álbum - os fãs não hesitaram em pagar US$ 81 pela nova versão, que vendeu 3 milhões de cópias.  Lição: a inovação pode manter seu produto atual e empolgante.

Tina Fey A escritora e atriz estava curtindo o sucesso de sua nova série, 30 Rock, quando surgiu o convite para fazer uma paródia da candidata à vice-presidência dos EUA Sarah Palin no Saturday Night Live, programa de TV no qual ela ficou conhecida do grande público. Tina não hesitou: aceitou o convite. Sua imitação da conservadora candidata foi um sucesso absoluto de público e crítica, funcionando como uma peça de personal marketing. Depois disso, Tina recebeu vários convites para estrelar filmes em Hollywood. Lição: fique sempre atento às oportundades, mesmo que já esteja fazendo sucesso.

Christopher Nolan O diretor de cinema tinha na mão um produto bem conhecido do público: os filmes de Batman, o herói dos quadrinhos adorado por fãs em todo o mundo. Tudo que precisava fazer era criar uma nova embalagem. Ele foi muito além: renovou totalmente a marca Batman, mergulhando no lado mais sombrio e perturbado do personagem. Além disso, investiu em jovens talentos, fazendo com que o ator Heath Ledger alcançasse o ápice da carreira como o vilão Coringa. Resultado: seu prestígio em Hollywood triplicou, possibilitando que fizesse filmes ainda mais ousados, como o recente A Origem. Lição: a coragem de renovar uma marca conhecida pode trazer mais vantagens do que você imagina.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

As similaridades entre começar um negócio e escalar um elenco para um filme

Escrito por Rafael Farias Teixeira para a PE&GN

cadeira_diretor-cinema1A 34ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo já começou, criando intermináveis filas nos principais cinemas da cidade. Em um post anterior, comentei a importância de festivais como esse para pequenas produtoras e diretores iniciantes. Hoje volto novamente para falar da mistura “cinema + empreendedorismo”, depois de encontrar uma tabela bastante divertida comparando o ato de abrir uma empresa ao de escalar um elenco para um longa-metragem, do blog do Grasshopper Group.

Vamos a algumas comparações:

Começando pelo roteiro: Se, no caso do cinema, você precisa ter um roteiro antes de começar a pensar em filmar, no caso de um novo empreendimento, é preciso um plano de negócios – que não deixa de ser um roteiro também, mas sem as reviravoltas e os pontos climáticos. Os dois servem para que você não tenha surpresas quando os holofotes finalmente forem ligados – ou quando você resolver abrir as portas.

Conheça suas necessidades de pessoal: No caso de produzir um filme, isso se refere à demanda por atores. Aqui é preciso saber que papéis existem e quem pode interpretá-los de forma eficaz, ou, na linguagem empreendedora, quais vagas serão necessárias e quem será capaz de cumprir cada uma de suas funções. Você não vai querer dar o papel principal de sua adaptação de Ms. Dalloway, de Virgínia Woolf, para alguém como Megan Fox. Prefira alguém como Nicole Kidman e deixe a primeira para um papel secundário – bastante secundário se você preferir. Ou seja, não contrate pessoas despreparadas para cargos importantes.

Uma ajudinha extra: Escolha bem seus gerentes ou os seus diretores de escalação. É sempre bom a participação dos dois cargos na hora de escolher quem vai estrelar o seu filme.

Faça testes: Ninguém contrata um profissional, seja ator ou funcionário, sem antes entrevistá-lo e até mesmo testá-lo (mas nada de teste do sofá, ok?). No caso da escolha de um elenco, você precisa ver cada um deles representando e lendo falas. No caso de montar uma equipe para sua empresa, uma entrevista com perguntas e respostas é feita. Mas o melhor mesmo é fazer um teste em que o candidato possa mostrar se possui habilidades e conhecimentos necessários para a vaga.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Falar de herança ainda é tabu

Grande parte dos brasileiros não se preocupa com o que acontecerá com seus bens depois da morte. Não existe a cultura de fazer um testamento ou partilhar o que tem com antecedência. Para o professor de Direito Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luiz Edson Fachin, é preciso superar o preconceito que existe quando o assunto é a própria morte. Resolver a partilha antes do falecimento evita brigas entre os herdeiros e garante que seja feita a vontade do proprietário.
A legislação exige que, no mínimo, 50% do valor total dos bens seja destinado aos herdeiros necessários (filhos e cônjuge). O restante pode ser distribuído como deseja o dono dos bens. Quando uma pessoa morre tn_620_600_joao_cidadao_pag_11_140610sem deixar testamento válido, os herdeiros devem dar início ao inventário por meio de sentença judicial, seguindo princípios do Código Civil.

Para a professora de Direito da UFPR, Ana Carla Harmatiuk, é necessário prestar atenção para a sucessão dos bens enquanto o proprietário pode conduzir e resolver a questão. “Para deixar uma parte para herdeiros com os quais não há um parentesco biológico, por exemplo, é essencial registrar para fazer valer esse direito mesmo depois da morte”, explica.

A melhor opção

O professor de Direito Civil da UFPR, Luiz Edson Fachin, defende a doação em vida como a melhor opção para transmissão de bens. “Quando se trata de herdeiros maiores e capazes, a partilha em vida é o mais indicado.” O proprietário passa seus bens para o nome dos herdeiros e faz a doação com usufruto vitalício. No mínimo, metade dos bens deve ser destinada a herdeiros necessários (filhos e cônjuge) ou, na inexistência destes, aos ascendentes ou colaterais (pais, irmãos ou sobrinhos). O restante pode ser distribuído da maneira que a pessoa achar melhor.

Com herdeiros maiores de 18 anos, a partilha feita em partes iguais pode ter escritura lavrada em cartório de Registro Público. Para continuar com os benefícios das suas posses, o proprietário deve incluir uma cláusula de usufruto vitalício. Esse tipo de partilha evita o processo do inventário, que costuma ser moroso e exige o auxílio de um advogado.

Como fazer um testamento público?

O interessado deve ir a qualquer tabelionato com duas testemunhas que não estejam entre as beneficiárias e não tenham parentesco. Todos devem levar RG e CPF. “Os bens que serão doados não precisam ser comprovados no momento da feitura do testamento”, explica o titular do 7.º Tabelionato de Notas de Curitiba, Ângelo Volpi Neto. O custo é de R$ 210. Mesmo com o testamento, o processo do inventário é iniciado para fazer a vontade do proprietário. Sem testamento, o procedimento é aberto e os bens são divididos entre os herdeiros conforme as regras do Código Civil.

EXTRA

O que é o inventário?

Quando a pessoa falece sem destinar seus bens, os herdeiros devem dar início ao processo de inventário. “É o que vai transmitir os bens do proprietário para os herdeiros, conforme a vontade expressa no testamento ou sob a ótica das normas do Código Civil”, explica o professor de direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Elimar Szaniawski.

Para iniciar o processo, é preciso nomear um advogado e um inventariante (pessoa que administra os bens do finado ou alguém determinado pelo juiz). “Depois disso, todo o conjunto dos direitos, deveres, dívida e patrimônio do antigo proprietário se transforma no espólio, que é essa massa de bens”, comenta o professor.

A primeira etapa é pagar os credores e depois divide-se os créditos restantes. “Daquilo que sobra é feito o plano de partilha, declarado pelo juiz que estiver responsável pela sentença”, continua Szaniawski. O processo dura cerca de dois anos até que os herdeiros recebam a parte que lhes cabe.

Alguém que morre com dívidas não passa a obrigação aos herdeiros. A dívida existente é subtraída do patrimônio e o que sobra é dividido. Se o valor da dívida for superior ao patrimônio, não há nenhuma forma legal de exigir o pagamento.

Inventário extrajudicial

Outra forma de proceder a divisão dos bens é o inventário extrajudicial. Quando todos os herdeiros são maiores e capazes e não há divergência entre a divisão dos bens, os beneficiados podem dirigir-se diretamente ao tabelionato, juntamente com um advogado para proceder a partilha. "Esse processo não costuma durar mais de 30 dias", conta Szaniawski.

Matéria publicada no jornal Gazeta do Povo de Londrina/PR em 14/06/2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Boas ideias de negócios nas áreas de alimentação e bebidas

LOJA DE PRODUTOS ORGÂNICOS


produto organico2EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES: R$ 40.000 (estoque, prateleiras, aluguel de espaço físico, 2 freezers, caixa com cupom eletrônico, e computador com software de controle de estoque e vendas)
CAPITAL DE GIRO: R$ 20.000
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 20.000
FUNCIONÁRIOS: 4 (o dono e 3 atendentes)
PRAZO DE RETORNO: 36 meses


De vinhos a roupas, o consumidor brasileiro já tem à disposição centenas de itens com certificação orgânica — produtos fabricados com matéria-prima sem uso de agrotóxicos, hormônios ou fertilizantes químicos. É um mercado que amadurece na mesma velocidade com a qual aumenta o interesse por alimentos mais saudáveis e produtos sustentáveis. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, o número de agricultores que exibe algum selo orgânico dobrou em oito anos: saltou de 7 mil, em 2000, para 15 mil, em 2008.

A Alternativa Casa do Natural, em São Paulo, reúne mais de 5 mil produtos naturais, dos quais 10% exibem certificação. São pratos congelados, bebidas e até roupas feitas com algodão sem uso de aditivos ou defensivos químicos. Com 32 anos de história, a marca se dedica a produtos naturais desde antes da onda dos orgânicos. “Temos fornecedores que hoje são certificados, mas já praticavam a agricultura sustentável muito antes de o mercado se popularizar”, diz Elena Martins, 55 anos, sócia da empresa.

Com faturamento de R$ 1,3 milhão ao ano, a loja espera crescer 15% em 2010 e em grande parte devido aos orgânicos. “É um dos gêneros de produtos que mais crescem em interesse e variedade. Até mesmo médicos já receitam esses itens como parte dos tratamentos”, afirma Elena. Um dos trunfos comerciais da Alternativa é a feirinha realizada duas vezes por semana com alimentos certificados pelo IBD, uma das entidades responsáveis por checar e atestar os processos de produção.

Organizar uma feira orgânica é uma das dicas que Elena passa a quem deseja iniciar um empreendimento na área. O mix de produtos à venda também tem de ser bem estudado, de acordo com o perfil dos clientes. “Investir em itens certificados é sempre uma aposta certa, mas evite elitizar suas prateleiras se estiver em uma região de classe média”, afirma.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cem por cento limpeza–poste de iluminação pública alimentado por energia solar e eólica

Por GEVAN OLIVEIRA para a Revista da FIEC
Empresário cearense desenvolve o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar

Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.

O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.

Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.

Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.

Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.

À prova de apagão
Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".

O inventor explica que a ideia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético. Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. "Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial", diz.

Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na ideia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes. De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias.

O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. "Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%", garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. "Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental", finaliza Fernandes Ximenes.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Dica de maquiagem: Make Para a Terceira Idade

A maquiagem merece atenção especial na Terceira Idade. Para transformá-la em aliada, é preciso conter os exageros, aprendendo a utilizar pinceis e cores para valorizar os pontos fortes, atenuar rugas e levantar a expressão.

É bem verdade que nada substitui a proteção solar e os cremes de tratamento. Mas na hora de disfarçar sinais e marcas que já se instalaram na pele, a maquiagem bem feita também é uma grande aliada.

imagePara o truque funcionar, o make precisa ser levinho e nada carregado. Caso contrário, você pode acabar ganhando alguns anos em vez de perdê-los. Siga nossas dicas abaixo e veja a diferença!

Preparação da pele
A pele limpa permite que a maquiagem se espalhe de maneira uniforme e natural, enquanto a tonificação confere um ar mais calmo e descansado ao rosto. Portanto, nem pense em pular essa etapa!

A hidratação é igualmente importante. Além de suavizar as linhas de expressão, ela protege a pele das agressões externas e do ressecamento. Nessa hora, cremes com efeito tensor ou produtos pré-maquiagem (chamados primers) são uma boa pedida. Os primers devem ser usados após o hidratante e promovem um efeito liso e esticado à pele, ajudando também na fixação dos produtos que serão aplicados posteriormente.

Cobertura da pele
O corretivo, primeiro de todos, não deve ser usado para disfarçar rugas, somente para olheiras, manchas e pequenas imperfeições. Prefira as versões liquidas ou, no mínimo, cremosas, que espalham melhor, se acumulam menos entre os sulcos e não racham a base que virá por cima. Fuja dos produtos do tipo lápis, caneta ou bastão.

A base, esta sim, é o elemento chave na camuflagem das linhas de expressão. Mas cuidado, pois ela é uma faca de dois gumes: se a camada ficar grossa demais, as rugas e os sinais ficarão ainda mais marcados. Escolha produtos líquidos, hidratantes e com textura fina e leve. Aplique-a com o auxilio de um pincel largo, com movimentos grandes e ascendentes. Se quiser, use também uma esponjinha porosa, que irá absorver seu excesso.

Pescoço flácido pode ser suavizado usando um tom mais escuro na área, mas cuidado para a diferença de cor não ficar tão marcante.

O pó deve ser usado com extrema cautela e somente em peles muito oleosas, com brilho excessivo. Evite a área dos olhos e ao redor da boca.

Olhos
Aqui, vale a regra inversa: use produtos secos, nunca oleosos. Delineador nem pensar! As sombras devem ser igualmente secas e de preferência em tons escuros, como preto, chumbo ou marrom. Coloridos, cintilantes e produtos iluminadores são os maiores vilões das ruguinhas e pés de galinha, pois chamam ainda mais atenção para a área problemática.

Para o dia, invista em um traço simples, fino e rente aos cílios com um lápis de olho. Linhas grossas também não são nada indicadas.

Para a noite, use uma sombra bege ou marrom clara, opaca, para esfumar toda a extensão das pálpebras, até bem próximo das sobrancelhas. Em seguida, escolha uma sombra mais escura e comece esfumando o canto interno dos olhos, subindo em diagonal até pouco acima da pálpebra móvel, cobrindo toda a região flácida. O truque é ótimo para levantar o olhar, as pálpebras caídas e disfarçar o inchaço.

As atenções do rosto devem se concentrar nas sobrancelhas. Na hora de tirá-las, deixe-as sempre mais grossas e com um desenho arqueado, que levanta a expressão. Capriche na maquiagem, cobrindo as falhas e deixando-as bem cheias. Reforçar o blush no final das têmporas, no alto das maças do rosto, também ajuda a destacá-las.

Batom
Fuja das versões cremosas, molhadas e do gloss, que marcam tanto os sulcos da própria boca quanto o bigodinho chinês na lateral. Opte por tons bem clarinhos ou bem escuros, evitando cores e vermelhos muito vivos.

Dica dos Gêmeos Maquiadores.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A todos aqueles que cuidam de nossa saúde com tanto carinho! Feliz dia do médico!

email-médico

Cursos gratuitos pela internet orientam empresários

por Heloisa Caixêta para o site do SEBRAE

O Sebrae oferece, atualmente, nove cursos gratuitos pela internet para quem deseja abrir uma empresa ou melhorar o seu negócio. Os cursos têm duração de, no máximo, 16 horas, com previsão de término em 30 dias. As exceções são o curso ‘Gestão de Cooperativas de Crédito’, que tem carga horária de 30 horas, com previsão para 60 dias e ‘Boas práticas nos serviços de alimentação: gestão da segurança’, com 40 horas e 60 dias. Além desses, o Empreendedor Individual dura três horas.

Para fazer os cursos é necessário acesso à internet e e-mail para a confirmação da inscrição e para receber o aviso do início do curso. No decorrer de cada curso, tutores experientes nos assuntos acompanham os alunos, tirando dúvidas e apoiando na discussão de temas referentes ao que está sendo estudado. 

Saiba mais sobre eles:

AE - Aprender a Empreender
O curso é indicado a quem pretende iniciar seu negócio; a quem quer noções básicas de como gerir um empreendimento; a quem já tem um pequeno negócio e quer iniciar sua capacitação em empreendedorismo e
também a quem precisa repensar o seu empreendimento.

IPGN – Iniciando um Pequeno Grande Negócio
Programa que orienta o empreendedor a organizar suas idéias e recursos e indica um roteiro com os principais aspectos a serem considerados no planejamento e abertura de um negócio. Como resultado, o IPGN ensina, passo-a-passo, a elaborar um plano de negócio - documento que especifica os principais fatores necessários para a criação de um negócio, seja ele pequeno ou grande.

APF – Análise e Planejamento Financeiro
O objetivo é desenvolver a competência de analisar e projetar estratégias empresariais a partir de informações financeiras. O curso é voltado para empresários de pequenos negócios que desejam projetar estratégias empresariais a partir de análise financeira do seu negócio.

CVMM – Como Vender Mais e Melhor
O curso trabalha a construção de um modelo de gestão de vendas a partir do planejamento e ação comercial da empresa. O público-alvo são empresários que desejam aumentar as vendas.

D-Olho na Qualidade: 5Ss para os pequenos negócios
Solução Educacional que busca desenvolver condições de conhecer e praticar o método D-Olho (descarte, organização, limpeza, higiene e ordem mantida) a fim de implementá-lo na empresa, trazendo novos hábitos para o desenvolvimento do trabalho diário das pessoas, melhorando o bem estar físico, mental e social de todos.

AC – Atendimento ao Cliente
O objetivo do curso é criar condições necessárias para que os participantes desenvolvam competências para identificar os aspectos que contribuem para a satisfação do cliente; refletir criticamente sobre as ações e procedimentos de atendimento em sua empresa; planejar ações que garantam a satisfação dos clientes e possam gerar um impacto positivo nos resultados.

GCC – Gestão de Cooperativas de Crédito
Voltado para gerentes de cooperativas de crédito, o curso tem o objetivo de dar ao participante o conhecimento e o desenvolvimento de práticas gerenciais necessárias a uma gestão efetiva e eficaz de cooperativas de crédito.

BPSA – Boas práticas nos serviços de alimentação: gestão da segurança
Destina-se a proprietários e gestores de bares e restaurantes. O curso visa capacitar na aplicação das boas práticas nos processos de manipulação e produção de alimentos seguros.

EI – Empreendedor Individual
Destinado a todos os empreendedores individuais, o curso tem como objetivo conscientizar o sobre a importância de se legalizar e os benefícios da Lei Complementar 128, de 2008.

Cursos presenciais
Os cursos Aprender a Empreender e IPGN também podem ser feitos de forma presencial (você não faz pela internet, mas nos postos de atendimento do Sebrae em todo o Brasil). Veja neste mapa o
posto de atendimento mais perto de você. Estas versões não são gratuitas, mas o Sebrae subsidia parte do investimento.

Veja mais detalhes dos cursos no site de educação a distância do Sebrae.

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