terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Conheça a história de dois empreendedores que deram certo!

por Camila de Magalhães
Todos eles têm uma coisa  em comum: apostaram em uma ideia inovadora e seguiram até o fim para que ela se concretizasse. O desafio de ganhar uma nova fatia do mercado é o que move esses empreendedores, que começaram a investir em seus negócios ainda como estudantes. Aqui, você vai conhecer as histórias de quatro pessoas que acreditaram em seu potencial e hoje vivem dessas apostas.
Investimento de R$ 300 rendeu US$ 342 milhões.

romero buscapeO site Buscapé é um dos maiores exemplos de sucesso entre jovens empreendedores no país. Em setembro do ano passado, o grupo de comércio eletrônico criado pelos então estudantes de engenharia Romero Rodrigues, Rodrigo Borges e Ronaldo Takahashi, com o estudante de administração Mário Letelier, teve 91% de suas ações vendidas para a Nasper Limited por nada menos do que 342 milhões de dólares. Pioneira na América Latina, a ideia do software spider (cuja finalidade é a comparação de preços, lojas, produtos e serviços) surgiu em 1998, depois que Rodrigo teve dificuldades em comprar uma impressora pela internet porque não encontrava informações de onde adquirir disponíveis na web.

Cada integrante do grupo investiu inicialmente a quantia de R$ 100 para a conta de celular e hospedagem do site, que foi lançado em 1999 com 35 lojas cadastradas e 30 mil produtos disponíveis para pesquisa. A princípio, os estudantes tiveram dificuldades com a aceitação do programa por lojistas. “Chegamos a ouvir muitos nãos porque na época as lojas tinham receio de ver os preços de seus produtos disponíveis na rede”, lembra Romero Rodrigues, 32 anos, presidente da empresa. Mas o sucesso do serviço foi tamanho que, em novembro de 1999, o Buscapé recebeu o primeiro aporte de um grupo de empresários brasileiros (US$ 150 mil) e, em junho de 2000, conseguiu o primeiro investimento internacional — US$ 3 milhões — dos bancos da Merrill Lynch e Unibanco.

O modelo mostrou-se promissor e os investimentos não pararam. Em 2004, já eram quase 6 milhões de visitantes únicos no país que acessavam um total de 3,5 mil lojas e mais de 5 milhões de produtos cadastrados. A expansão de serviços fortaleceu o grupo. Hoje, o modelo está presente em 28 países. Em 2005, com a entrada da Great Hill Partners como sócia, houve a fusão com o Bondfaro, que contribuiu para o fortalecimento frente aos concorrentes e atuação na América Latina. Mesmo com a venda de 91% das ações, os fundadores do Buscapé continuam no comando. O desafio agora é internacionalizar o negócio e integrar as nove marcas que adquiriram.
Ela começou vendendo sapatos no estacionamento da faculdade
Ao ver que a remuneração na área de pedagogia não agradava muito, a estudante Thaíza Francischini, 22 anos, resolveu partir para um negócio próprio. Aproveitou que os familiares já trabalhavam com componentes de calçados e decidiu investir na revenda de sapatos. Em agosto de 2008, viajou para São Paulo e trouxe uma série de modelos para vender na rua. Abria o porta-malas do carro em estacionamentos de faculdades e esperava a mulherada aparecer. Inicialmente, as clientes eram amigas suas, mas depois começaram a surgir novas interessadas.

Vendo que dava certo, passou a expor as mercadorias em feiras de roupas e acessórios no DF. Foi juntando dinheiro e conseguiu abrir uma loja na Asa Norte, no início de 2009, quando usou os conhecimentos do curso de administração, do qual desistiu no sexto semestre. Os dois primeiros meses foram difíceis, com pouca procura. Thaíza quase fechou as portas. Até que, em março, veio a ideia que transformou a vida da jovem empresária: estabelecer o preço único de R$ 49,90 para todos os produtos. O noivo ajudou a criar o site da loja e o fluxo aumentou consideravelmente. “O diferencial é a qualidade aliada ao preço”, diz.

Em agosto do ano passado, abriu outra loja, em Luziânia, com os mesmos moldes. Lá, a mãe dá uma força no atendimento. “Hoje, o negócio me dá um retorno muito bom, que eu não conseguiria na minha área (pedagogia)”, destaca Thaíza, que vive sem ajuda financeira dos pais. Em um ano, o faturamento cresceu 16 vezes. Passou de R$ 5 mil para R$ 80 mil. Agora, ela já aluga a terceira loja e pretende, em breve, ampliar para outros estados. A estudante confessa que, no início, os pais não acreditavam no sucesso do negócio e hoje em dia estão surpresos com os resultados.

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