quinta-feira, 29 de julho de 2010
Idéia de negócio: animação de festa infantil!
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Onde conseguir dinheiro (barato) (parte 4) – Aguce o Apetite dos Investidores
Uma opção aos anjos são os fundos de venture capital. Com uma ressalva: muitos deles preferem investir em negócios existentes, conforme aponta Cláudio Furtado, diretor do Centro de Estudos de Private Equity e Venture Capital da Fundação Getulio Vargas (GVcepe). Ainda assim, existem cerca de R$ 500 milhões disponíveis para empresas nascentes em 2009. A cifra inclui empreendimentos com faturamento ou ainda sem receita, e é referente tanto a fundos privados como do governo.
Conheça alguns caminhos para conseguir recursos de anjos ou fundos de venture capital
terça-feira, 27 de julho de 2010
Onde conseguir dinheiro (barato) (parte 3) – Primeiro Negócio
Investidores anjos, fundos e, a depender do empreendimento, até bancos podem financiar a abertura de empresas
Por Leonardo Pessoa
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Onde conseguir dinheiro (barato) (parte 2) – O Mapa da Mina
Operações com recursos públicos podem oferecer condições mais favoráveis
O maior repassador de recursos do Proger é o Banco do Brasil. Seu carro chefe é o chamado Proger Urbano Empresarial, destinado a empresas com receita anual de até R$ 5 milhões. Sua carteira somava em março R$ 5,5 bilhões, segundo os dados mais recentes disponíveis - 25% a mais que o volume registrado no mesmo período do ano passado. A linha atende hoje 170 mil empresas - mais da metade delas com faturamento de até R$ 2,4 milhões.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Onde conseguir dinheiro (barato) (parte 1)
Fizemos um mapeamento exclusivo das melhores linhas de crédito — e de como obtê-las. Ainda: os segredos de quem ouviu um “sim” do banco
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Exemplo de movimento – ONG Canta Brasil
Ensinar, Atuar, Empreender. É esse o lema da Canta Brasil, uma ONG gaúcha que se tornou referência em gestão com um modelo baseado na transparência
por Valentina Nunes para Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Quando Rubielson Medeiros, então com 18 anos, voltou para a casa dos pais em Canoas, no Rio Grande do Sul, ouviu da mãe um ultimato. Durante dois anos, ele havia passado os dias nas ruas de Porto Alegre e São Paulo, envolvido com drogas e praticando pequenos furtos. Agora, precisava tomar uma decisão. Os termos da mãe, a assistente pedagógica Doroti Athaydes Roso, eram claros: ou Medeiros se internava em uma casa de reabilitação, para se livrar da influência das drogas, ou se tornava um voluntário, emprestando sua energia para criar um grupo de dança, sob supervisão da mãe, na escola onde ela trabalhava, no bairro de Mathias Velho, um dos mais violentos de Canoas.
Medeiros não pensou duas vezes: escolheu o voluntariado. Desde cedo ele acreditava que, um dia, poderia se tornar um artista. Quando criança, chegou a excursionar ao México e Estados Unidos ao lado de um coral infantil de Canoas. Havia chegado a hora de retomar a vocação. Em pouco tempo, com o apoio da mãe, assumiu a responsabilidade pelo grupo de dança. Trabalhando com meninas entre 14 e 15 anos, ele descobriu na prática o que era necessário para liderar um grupo: estar disposto a aprender, ter garra para criar oportunidades, disciplina e generosidade para compartilhar.
A primeira apresentação importante foi em 2000, durante as comemorações dos 500 anos de Brasil: dançando uma coreografia original, o grupo chamou a atenção da mídia na cidade. Para divulgar suas atividades, Medeiros passou a visitar redações de jornais, sonhando com oportunidades fora de Canoas. “Numa das redações nos recomendaram enviar um release. Eu nem sabia o que era isso...”, conta. Junto com o aprendizado, vinham os primeiros resultados. “Logo no início houve quem deixasse de roubar e se drogar, como foi o meu caso. Outros deixaram de se prostituir. As meninas mais novas descobriram o interesse pela dança e o desejo de ir para a faculdade. Trabalhando juntos, ganhamos autonomia e autoconfiança.”
Depois de juntar dinheiro com rifas, festas e demonstrações em semáforos, o grupo fez sua primeira apresentação fora de Canoas, em 2001, durante as comemoraçõs pelos 70 anos do Cristo Redentor. Disposto a transformar seu pequeno grupo em uma organização não governamental, Medeiros começou a correr atrás de contatos e referências: sua inspiração eram grupos como os Amigos da Escola, do Rio Grande do Sul, e o AfroReggae, do Rio de Janeiro. Um dos primeiros a apoiar o grupo foi Alceu Terra Nascimento, diretor executivo da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, do Grupo RBS, afiliado da Rede Globo no Sul do país. “Esses jovens superaram todas as nossas expectativas”, diz Nascimento. “Hoje, são eles que nos ajudam nos nossos projetos.”
Em 2003, a ONG foi formalizada com o nome de Canta Brasil (www.cantabrasileae.org.br). Imediatamente, Medeiros começou a ser procurado por dezenas de crianças e adolescentes, a maioria de bairros violentos da região metropolitana de Porto Alegre. As aulas de dança oferecidas variavam do balé clássico ao hip-hop, passando pelo jazz. Mais tarde, a ONG ofereceria também aulas de inglês e reforço escolar para crianças e adolescentes.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Inovadores têm crédito
Instituições como o BNDES consideram o valor das ideias para concessão de financiamentos
Ideias que podem servir de inspiração
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Quanto custa importar?
Conheça as taxas, impostos e despesas que incidem sobre os produtos trazidos do exterior
Uma vez registrada, a empresa faz, no Siscomex, uma Declaração de Importação (DI) para os produtos que deseja trazer. Cada DI tem um valor médio de R$ 40. A partir daqui, os desembolsos começam a aparecer de fato. A empresa deve firmar um contrato de câmbio com um banco ou corretora credenciada, necessário para o pagamento do vendedor lá fora. Embutida na taxa de conversão de moeda há juros e spread — a diferença entre a taxa de captação no mercado e a oferecida ao cliente. Além disso, a instituição financeira cobra entre 1% e 3% da operação pelo serviço.
Após o recolhimento das taxas e impostos, a autoridade alfandegária verifica os produtos, confere a legalidade da operação e o recolhimento dos tributos. Nesse ponto, existem despesas com o despachante, caso a empresa contrate um profissional para representá-la, além de taxa de armazenagem, que varia de 1% a 3% do valor aduaneiro, de acordo com o tempo de permanência, e capatazia, cobradas nos portos ou aeroportos.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Empresa de cosmético lança franquia virtual
Versão on-line é mais barata para o franqueado e custa cerca de R$ 19.900
Da redação da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
A rede de franquias Antídoto, especializada na venda de cosméticos para corpo e cabelo, acaba de lançar um conceito diferente dentro do franchising: a franquia virtual. A empresa, que tem 130 lojas físicas em 17 estados brasileiros e faturou R$ 40 milhões em 2009, agora oferece aos franqueados a opção de vender também pela internet. “Percebemos que o nosso faturamento com as vendas virtuais estava crescendo muito e resolvemos compartilhar esse ganho com os franqueados”, afirma Ana Glória Dias da Silva, sócia da Antídoto. Funciona assim. O cliente entra no site da empresa e ao decidir comprar um produto coloca seu CEP. A partir desse momento, o consumidor é redirecionado para a loja virtual do franqueado, que atende aquela determinada região. Esse espaço na internet é do franqueado e ele pode fazer ali as suas promoções, bem como dar destaque para o produto que achar mais interessante. “Ganha o cliente, porque paga menos frete e tem a entrega mais rápida, e ganha o franqueado, que tem mais um ponto de venda”, diz Ana Glória.
Todos os franqueados da Antídoto que já têm uma loja física ganharão também a loja virtual. Já para os novos franqueados da rede existe a opção de escolher pela loja física com a virtual ou só a virtual. Nesse último caso, o valor do investimento inicial é menor e fica em R$ 19.900, o que inclui R$ 10 mil em produtos. Nesse modelo, não há custo com aluguel do ponto, reformas ou funcionários. “O empreendedor pode começar de casa, se quiser”, diz Ana Glória.
No mercado desde 1999, a Antídoto espera continuar expandindo os negócios também por meio das lojas físicas e busca franqueados em todas as regiões do país. Em dois anos, a expectativa é chegar a 200 lojas.
Quanto custa ter uma franquia da Antídoto
Investimento Inicial:
R$ 19.900 (loja virtual); R$ 50 mil (quiosque); R$ 72 mil (loja física)
Taxa de franquia:
R$ 5 mil (quiosque) e R$ 8 mil (loja)
Estoque inicial:
R$ 10 mil (loja virtual); R$ 9 mil (quiosque); R$ 19 mil (loja física)
Taxa de royalties:
não cobra
Taxa de publicidade:
5% sobre o valor das compras
Capital de giro:
de 3 a 5 vezes o valor das despesas fixas
Margem de lucro sugerida:
de 20% a 30% sobre o faturamento bruto
Número de funcionários:
de 2 a 5
Prazo médio de retorno:
de 18 a 24 meses
Área de loja:
5 m2 (quiosque) e 30 m2 (loja física)
Fonte: Antídoto
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Turismo Acessível (parte 2) – Turismo de ventura adaptada
As atividades de aventura têm hoje cada vez mais adeptos em todo o Brasil. Isso se deve à potencialidade geográfica do país e seus extensos recursos naturais.
Para os praticantes de atividades de aventura, a preocupação com a segurança é algo primordial, amplamente discutido e cobrado por toda a sociedade. Desde o início da estruturação de atividades de turismo de aventura, os vários atores envolvidos, em especial, organizações não governamentais que atuam na área, têm impulsionado a sua prática com rigorosa segurança. Essa atitude tem beneficiado o aumento da visibilidade, das adesões e do interesse do público em geral.
Atualmente existem várias modalidades de atividades de aventura, exploradas por empresas especializadas ou por praticantes individuais. Estas atividades estão regulamentadas por meio de normas do Comitê Brasileiro do Turismo (CB 54), vinculado à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nesse sentido, esta apostila tem por objetivo reunir a bibliografia disponível sobre o assunto e oferecer orientações, sugestões e dicas para um melhor atendimento do turismo de aventura adaptada.
Em princípio, a maioria dos praticantes de atividades de aventura é formada por jovens e adultos, apesar de ser cada vez mais comum também o interesse das crianças, que também têm sido estimuladas a praticar diversas atividades de turismo de aventura, tanto em empresas especializadas como outros locais: escolas, parques etc.
O turismo de aventura propicia a prática de atividades de aventura com condições mais controladas, minimizando os riscos e com alto grau de previsibilidade dos resultados, o que requer condutores capacitados e qualificados.
Já para a prática por pessoas com deficiência, serão exigidas adaptações nos equipamentos e qualificação para os condutores, mudanças necessárias para possibilitar e garantir a segurança em cada situação específica, ao que chamamos de turismo de aventura adaptada ou acessível.
Importante esclarecer que a deficiência é um conceito em evolução e que a deficiência resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras devidas às atitudes e ao ambiente que impedem a plena e efetiva participação dessas pessoas em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Conforme se reconheceu no preâmbulo da mais recente norma internacional sobre o tema: a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo este tratado, ratificado pelo Brasil em 2008, o que o torna lei em nosso país, pessoas com deficiência incluem aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
No Brasil, a nossa legislação pormenoriza esta divisão, visando identificar o beneficiário das políticas de inclusão. O Decreto Federal nº. 5.296/2004 (Decreto de Acessibilidade) atualizou o conceito de nossa legislação, que anteriormente foi definido no Decreto Federal nº. 3.298/1999.
As deficiências podem ser oriundas de nascimento, desenvolvidas ou adquiridas a qualquer tempo da vida por intercorrências apresentadas antes ou durante o parto; causas genéticas; acidentes; abuso de álcool e drogas; desnutrição; entre outras causas que poderão limitar a funcionalidade específica de algum membro, do sentido, da visão, e audição, ou do cognitivo intelectual.
Segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF-OMS 2001), as deficiências podem ser parte ou uma expressão de uma condição de saúde, mas não indicam necessariamente a presença de uma doença, não devendo o indivíduo ser assim considerado.
As atividades físicas ou esportivas constituem agente terapêutico atuando de forma eficaz na reabilitação social e psicológica da pessoa com deficiência, especialmente quando realizadas de maneira mais focada, não apenas como uma atividade recreativa. Sua prática deve considerar e respeitar as limitações e potencialidades individuais do sujeito, adequando as atividades propostas a estes fatores, bem como englobar o conjunto de princípios, dentre eles:
• respeito pela dignidade inerente, independência da pessoa, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas;
• não discriminação;
• estímulo à independência e autonomia individual;
• plena e efetiva participação e inclusão na sociedade;
• respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade;
• igualdade de oportunidades;
• acessibilidade;
• igualdade entre o homem e a mulher;
• respeito pelas capacidades de desenvolvimento, em especial, das crianças com deficiência;
• respeito pelo direito a preservar sua identidade;
• promoção da saúde e prevenção de deficiências secundárias;
• melhoria das condições psicológicas e físicas do indivíduo com deficiência, propiciando aprimoramento cognitivo e organo-funcional (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
• aprimoramento da coordenação motora global, ritmo, força, resistência muscular, equilíbrio estático e dinâmico;
• desenvolvimento de habilidades e capacidades para melhor realização das atividades de vida diária a partir das experiências com suas possibilidades, potencialidades e limitações, melhorando a autoestima das pessoas com deficiência;
• acesso à prática de turismo de aventura como lazer, reabilitação e competição.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Turismo acessível (parte 1)
Apresentação: Desde o lançamento do Plano Nacional de Turismo – PNT 2007/2010 – uma Viagem de Inclusão, o Ministério do Turismo vem trabalhando para transformar o turismo em um importante mecanismo de desenvolvimento econômico do Brasil e um grande indutor de inclusão social.
Para isso, vêm sendo desenvolvidas ações no mercado interno para estruturar os destinos e estimular o consumo de produtos turísticos por clientes potenciais.
Uma dessas ações refere-se ao turismo acessível, no qual o Ministério do Turismo apóia projetos que visam à acessibilidade urbana e à adaptação de atividades turísticas, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida da população local, bem como ampliando o acesso a turistas com deficiência ou mobilidade reduzida, quer sejam idosos, crianças, gestantes, entre outros.
O turismo é uma das atividades econômicas que tem tido as maiores taxas mundiais de crescimento anual há várias décadas. Isto fez ampliar mercados antes inexplorados e atingir amplas camadas da população, devido às diferentes facilidades de acessos e meios de transportes, aumento da renda e ações promocionais.
Porém, o crescimento das viagens de turismo ainda não permitiu que todos os segmentos da população fossem beneficiados para desfrutar do turismo de lazer. Pessoas com deficiência de diferentes tipologias e pessoas com mobilidade reduzida, tais como idosos e obesos, também poderiam ser incluídos nas estatísticas de exclusão social do turismo, pois encontram dificuldades para se adaptarem às instalações e equipamentos nas edificações turísticas e espaços de lazer, ao mesmo tempo em que encontram prestadores de serviços sem qualificações específicas para um atendimento diferenciado.
Mesmo com essas dificuldades, e talvez por consequência delas, a acessibilidade no turismo vem se tornando prioridade do Governo Federal. Com a assinatura do Decreto Federal nº. 5296/2004, pessoas com deficiência, e com mobilidade reduzida passam a ter o direito de fazer turismo como mais um meio de integração social.
Promover eventos e ações de sensibilização para os diferentes atores do poder público e privado sobre o assunto, além de desenvolver projetos em parceria com diferentes segmentos, contribui para o avanço das políticas públicas voltadas para parcelas menos favorecidas da população brasileira.
O incentivo à acessibilidade no turismo promoverá a integração das pessoas com deficiência permanentes e também daquelas com mobilidade reduzida, ou seja, idosos, crianças, gestantes, obesos em diferentes graus, pessoas temporariamente imobilizadas devido a acidentes etc.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Como criar um sistema de delivery?
por Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Desde a abertura da Mercearia do Animal no bairro de Pinheiros, em 1998, Carlos Barreto colocou à disposição dos clientes o serviço de “leva e traz” de animais de estimação. Mas os donos de cães e gatos que visitavam a loja queriam mais: volta e meia, perguntavam a Barreto se ele não poderia entregar produtos, como ração, diretamente em suas casas. Entusiasmado com o número de pedidos, o empresário de 42 anos decidiu criar o seu próprio delivery em 2004, oferecendo o serviço nas lojas de Pinheiros e também no Jardim Europa. “O benefício de adotar um sistema de entrega em domicílio é a fidelização do cliente, que pode trazer um crescimento nas vendas”, diz Wagner Salzano, gerente de projetos da Imam Consultoria. “Mas, antes de implementar o serviço, é preciso analisar o segmento, verificar se a entrega é necessária e se será um diferencial em relação ao concorrente”, diz.
Como atendia apenas donos de animais nas imediações das duas lojas, Barreto decidiu criar uma frota própria, comprando dois carros e duas motos, além de contratar novos funcionários. O gasto inicial foi de R$ 45 mil e o custo mensal ficou em R$ 2 mil — o que inclui salários, combustível e manutenção dos veículos. “Uma frota própria é ideal para empresas que atendem a áreas restritas”, afirma Salzano. No caso da Mercearia, o investimento valeu a pena: hoje, o serviço de delivery corresponde a 30% do faturamento.
Enquanto alguns empreendimentos optam pelo delivery para se diferenciar dos concorrentes, outros não podem viver sem ele. É o caso das pizzarias e lanchonetes. E também da loja virtual de pratos congelados Pronto Light, que precisou organizar seu sistema antes de começar a faturar. Como a empresa atende São Paulo e Grande São Paulo, a decisão foi terceirizar as entregas. “Fomos cuidadosos, porque lidamos com comidas congeladas. Qualquer erro ou atraso pode estragar a refeição”, diz Pedro Pandolpho, 29 anos, um dos donos do negócio. Logo de cara, houve um gasto de R$ 2 mil com um sistema on-line para organizar roteiros de entregas. “O software de roteirização pode ser útil, mas apenas para aquelas empresas que precisam cobrir grandes distâncias”, diz Salzano.
PARA ACERTAR A ROTA | 5 questões que você deve responder antes de implantar um delivery
1. ENTREGAR OU NÃO ENTREGAR?
Em primeiro lugar, avalie se o serviço de entregas será um diferencial em relação aos seus concorrentes. Também é importante verificar se a opção por receber a mercadoria diretamente em casa é proveitosa para os seus clientes. Se o produto tem um valor agregado muito baixo, o preço do serviço pode desmotivar sua utilização. É fundamental analisar ainda os custos que a empresa terá com a implementação do delivery: gasto inicial, compra e manutenção de veículos, funcionários etc.
2. QUE TIPO DE VEÍCULO DEVO USAR?
Para decidir como fazer a entrega, é preciso analisar as características dos produtos, como tamanho, peso e cuidados especiais (fragilidade, controle de temperatura, valor médio). Exemplo: para transportar objetos grandes ou bichos de estimação, como no caso da Mercearia do Animal, são necessários carros ou caminhões. Já objetos menores, ou perecíveis, como as refeições do Ponto Light, requerem a velocidade e a flexibilidade das motos.
3. TERCEIRIZAR OU NÃO?
“A tendência é terceirizar”, diz Salzano. “Devido ao grande número de clientes, uma empresa de transporte consegue diminuir o preço do serviço. Além do mais, chega a lugares que você não atingiria com veículos próprios.” Criar uma frota particular só vale a pena se a área de atendimento for restrita. Não se esqueça de dimensionar sua estrutura de acordo com o tamanho do negócio.
4. COMO TORNAR CONHECIDO O DELIVERY?
É fundamental divulgar na própria loja e no site da empresa. É possível tirar proveito de anúncios em publicações locais, como jornais e catálogos.
5. COMO ORGANIZAR ROTAS?
Se for entregar em muitas regiões, vale a pena instalar um software que sistematiza pedidos e trajetos (veja o box ao lado). No caso de rotas restritas, dá para resolver com um sistema de planilhas e ferramentas gratuitas, como o Google Maps.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Fim do cartel dos cartões favorece competitividade dos pequenos negócios
Da Agência Sebrae de Notícias
“Começou hoje o fim do cartel dos cartões de crédito em favor da competitividade dos pequenos negócios.” Essa é a avaliação do presidente em exercício do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
A partir desta quinta-feira, terminais de pagamento passaram a processar cartões de todas as bandeiras. Com a medida, os lojistas poderão optar por uma única máquina para passar todos os cartões, independentemente da bandeira adotada.
O compartilhamento dos terminais de cartões de crédito vem sendo defendido pelo Sebrae fortemente desde 2004, por meio de articulação consistente com o Banco Central, empresas credenciadoras e administradoras das mais diversas bandeiras, inclusive regionais.
Atualmente, cerca de 1,2 milhão de empresas de todos os portes utilizam cartões em suas vendas. Considerando-se que o universo de micro e pequenas empresas formais é de 5,8 milhões e que elas representam 99% do total de empreendimentos do país, tem-se uma ideia do potencial deste mercado.
“Isso dá uma ideia de como o uso de cartões pode ganhar fôlego a partir do segmento. O cartão alavanca as vendas das empresas, funcionando também como mecanismo de acesso ao crédito por meio da criação de recebíveis com data certa para entrar no fluxo de caixa. Além disso, facilita a vida de quem compra e reduz o risco de quem vende”, ressalta Carlos Alberto.
O compartilhamento, explicou, representa grande avanço porque decorre de uma importante auto-regulação do setor, que se sentiu pressionado pela sociedade e pelos seus porta-vozes no Executivo, Legislativo e na iniciativa privada. Os balcões de lojistas e prestadores de serviços haviam se transformado em estacionamento de “maquininhas”. Considerando-se que cada um desses terminais representa um custo mensal de R$ 120 (só de aluguel, fora taxas sobre vendas e pagamento da linha telefônica) a soma representava em muitos casos várias vezes o que era pago de impostos por empreendimentos enquadrados no regime especial do Simples Nacional.
São três as credenciadoras de cartões - Redecard, Cielo e GetNet - que passam, agora, a disputar o máximo de bandeiras, desde as conhecidas internacionalmente como Mastercard e Visa, assim como uma grande variedade de bandeiras regionais. Essa concorrência repercutirá nos custos operacionais do comércio e nos preços que os consumidores pagam por bens e serviços.
Carlos Alberto informa que a interlocução do Sebrae com os atores do mercado de cartões de crédito se deu mais incisivamente quando conseguiu abrir espaço, em 2005, para que o principal evento do setor, o C4 (Congresso de Cartões de Crédito ao Consumidor) discutisse a ampliação da participação dos micro e pequenos negócios nesse mercado.
O congresso é promovido pela Partner Conhecimento, anualmente em São Paulo. Para se medir o grau de avanço obtido nessa área, o C4 deste ano, previsto para os dias 1, 2 e 3 de setembro, vai abrigar um evento específico para discussão do tema do ponto de vista dos pequenos negócios.
Em julho de 2007, o Sebrae publicou o livro ‘Mercado dos cartões de crédito no Brasil e sua relação com as micro e pequenas empresas’ com os resultados de pesquisa que contratou da Fundação Getúlio Vargas. Além de uma radiografia sobre o setor, a publicação avançou para sugestões de como aumentar a inserção do segmento nesse mercado.
Essas sugestões passaram a fazer parte dos debates promovidos pela instituição sobre o tema. Em março de 2008, o Sebrae promoveu um seminário sobre Meios de Pagamentos Eletrônicos com foco nas MPE com representantes do Banco Central e empresas de cartões de crédito. Já na ocasião, conclui Carlos Alberto, ficou claro que se o setor não partisse rapidamente para a implementação de medidas auto regulamentadoras, em benefício do comércio varejista e dos consumidores, a solução viria por meio de legislação específica.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
12 maneiras de cortar custos dentro de sua empresa
por Mariana Iwakura para Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Confira a seguir ideias de como reduzir despesas em todas as áreas da empresa: gestão estratégica, recursos humanos, compras, tecnologia, marketing, vendas, tarifas bancárias, impostos, linhas de crédito, produção, frota, logística, material de escritório, contas de água, telefone e energia. Um melhor uso dos recursos significa produtos ou serviços mais competitivos, ganho no posicionamento de mercado e margem de lucro mais alta
GESTÃO
1>>> FAÇA UMA ANÁLISE DOS CUSTOS
Quando se veem em um momento de apuro, muitas empresas começam a reduzir custos sem avaliação prévia e acabam limando recursos importantes para os resultados da companhia. Por isso, a regra é elencar todos os custos da empresa e manter um histórico deles, realizando cortes naqueles que têm menos participação no lucro. Na multimarcas virtual OQVestir, as sócias Rosana Sperandéo e Mariana Mendes Medeiros reúnem-se mensalmente com a área financeira para analisar as despesas. “Cortamos aquilo que não afeta a produtividade e o bem-estar dos funcionários”, afirma Rosana.
2>>> DEFINA METAS DE REDUÇÃO
O planejamento estratégico da empresa deve incluir não só as metas de aumento de vendas como também as de diminuição de gastos, obtidas com o estudo dos custos. Assim é possível definir os caminhos para alcançar os índices determinados.
RECURSOS HUMANOS
3>>> OTIMIZE A JORNADA DE TRABALHO
Quando o horário de trabalho é bem aproveitado, o funcionário passa menos tempo na empresa. Ganham a companhia, que economiza com hora extra e energia elétrica, e o trabalhador, que tem mais qualidade de vida. Essa foi a aposta da OQVestir. As sócias Rosana Sperandéo e Mariana Mendes Medeiros orientam os empregados a não acessar redes sociais durante o horário de trabalho e a moderar nas pausas para almoço e cigarro. “Em vez de trabalhar por longas horas, fazemos um período mais compacto e eficiente”, afirma Rosana.
INFRAESTRUTURA
4>>> CORTE NAS PEQUENAS COISAS
Alguns itens, isolados, não representam um custo muito grande, mas quando somados podem pesar bastante nas finanças da empresa. Desde que foi inaugurada, a sede do site OQVestir passou por algumas mudanças: a cafeteira sofisticada, cujos sachês custavam R$ 130 por mês, foi trocada pelo clássico sistema de coador, e o gasto, reduzido a R$ 30 mensais. O material de limpeza, que era adquirido em um hipermercado, passou a ser comprado a granel.
5>>> DIMINUA A FROTA DE CARROS
Possuir uma frota de veículos gera custo com manutenção mecânica, seguro, IPVA e depreciação. Considere a possibilidade de trabalhar com carros alugados ou com uma frota gerenciada por uma empresa terceirizada, que se encarrega da manutenção e dos demais cuidados. Outra opção é o leasing, em que se paga pelo uso do produto e é possível comprá-lo ao final do contrato.
FINANÇAS
6>>> VERIFIQUE O REGIME TRIBUTÁRIO
É possível diminuir a quantia gasta com impostos verificando se a empresa está no enquadramento tributário adequado. Os regimes de Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional têm alíquotas diferentes, além de créditos e deduções próprios, e vale simular, com um contador, em quais enquadramentos a empresa poderia entrar e quanto pagaria neles.
7>>> RENEGOCIE DÍVIDAS
Se a empresa tem dívidas, uma maneira de honrá-las economizando é renegociá-las com os credores e tentar obter a menor taxa de juros possível. É preciso, no entanto, calcular a real capacidade que a empresa tem de pagar esse débito nas condições pleiteadas, levando em consideração o prazo de pagamento e as parcelas.
FORNECEDORES
8>>> COMPRE EM VOLUME E ALUGUE
Uma proposta de redução de custos para os franqueados da rede FastFrame/Moldura na Hora proporcionou o aumento da procura por novas unidades. O investimento inicial na franquia, que era de cerca de R$ 150 mil, caiu 30% quando a franqueadora propôs alugar aos franqueados os equipamentos de oficina, como serras e máquinas de corte de vidro, em vez de vendê-los. Comprando com volume maior, a franqueadora consegue bons preços nas máquinas, que são alugadas por valores de mercado. Segundo Rodrigo Pitangui Viegas, diretor da FastFrame/Moldura na Hora, 90% dos novos franqueados optam pelo aluguel.
MARKETING E VENDAS
9>>> INVISTA NAS REDES SOCIAIS
Como exigem baixo investimento, as redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter, podem ser suportes para a divulgação do produto e de promoções. É preciso, no entanto, adaptar a comunicação para as novas mídias, levando em consideração o tamanho e o formato da mensagem e o público que terá acesso a ela. Quando usar essas ferramentas, monitore a receita que ela traz. “Mesmo que o custo seja zero, a estratégia tem de gerar resultado”, afirma Lobrigatti, do Sebrae-SP.
10>>> DÊ PRÊMIOS CASEIROS
Em vez de adquirir itens de outras empresas para premiar vendedores ou clientes, a empresa pode utilizar os produtos fabricados por ela como bonificação em campanhas internas, para estimular a equipe de vendas, ou em promoções externas, para fidelizar clientes. Além de economizar, a iniciativa estimula a propaganda boca a boca sobre o produto.
TECNOLOGIA
11>>> ALINHE TECNOLOGIA E ESTRATÉGIA
Um hábito comum na escolha de produtos de tecnologia da informação é comprar o que há de mais desenvolvido ou o que está na moda, sem haver necessidade real para isso. É preciso alinhar a compra de equipamentos à estratégia da companhia. “Alguns negócios têm de estar na fronteira da tecnologia, porque isso precisa ser visível para o cliente. Outros devem usar uma tecnologia já testada”, diz Fernando S. Meirelles, professor titular da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
12>>> PESQUISE OS PREÇOS
Quando for adquirir equipamentos, faça uma pesquisa exaustiva nos fornecedores. “Alguns podem oferecer o mesmo equipamento pela metade do preço”, diz Meirelles, da FGV. Deve-se levar em conta também que o hardware não é o que mais pesa. Software e serviços chegam a 90% do preço, ressalta Meirelles.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Oportunidade de emprego para chefs de cozinha que queiram morar fora do Brasil!
Atenção você que é chef de cozinha e sabe muito bem sobre comida brasileira: O Chef Magalhães mora na China, na cidade de Xiamen e está procurando um auxiliar para ajudá-lo no ensinamento de pratos tipicamente brasileiros em um hotel na China.
O salário é de US$1.100,00 por mês, com 3 refeições por dia e moradia dentro dos prórpios hotéis onde seram preparadas as refeições. O trabalho deverá ser feito de 12/07/2010 até 04/01/2011 e o candidato deve saber falar inglês.
Para saber mais, entre em contato conosco aqui pelo BLOG ou então diretamente com o Chef Magalhães pelo e-mail chefmagalhaes@hotmail.com. Clique no link para conhecer mais um pouco da proposta! Informe ao chefe que você ficou sabendo da oportunidade através do Achar É Fácil e boa sorte!
Como usar as redes de relacionamento para alavancar seus produtos?
por Sandra Turchi para Pequenas Empresas & Grandes Negócios
As empresas precisam primeiramente entender como as mídias sociais funcionam, depois monitorá-las e iniciar um relacionamento dentro de algumas redes que sejam pertinentes ao seu negócio. Não são todas as redes que interessam a todas as empresas.
Antes de iniciar esse trabalho, pensando apenas em conquistar novos clientes, é importante que a empresa faça um acompanhamento para saber se ela já está sendo citada nas redes e como isso está ocorrendo, pois em muitos casos há necessidade de correção para reduzir os efeitos de comentários negativos. Feito isso, a companhia deve ter uma postura de contribuição, ou seja, deve disseminar conteúdos relevantes para o seu público-alvo.
Exemplo: se for uma empresa de decoração e arquitetura, ela pode divulgar sempre conteúdos com dicas para melhor utilização do espaço, combinação de cores, etc. Com isso, ela passa a ter um relacionamento, e se dentro da divulgação ela começar a promover produtos, por exemplo, não será vista de forma invasiva.
Isso, aliás, é um ponto crucial quanto se trata de redes sociais: as empresas devem ter todo o cuidado para não terem uma postura invasiva, o que será mal visto por aquela determinada rede, ou grupo.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Desafio Lan Sebrae
O Desafio Lan Sebrae veio para transformar Lan Houses em Ponto de Acesso a Produtos e Serviços Sebrae; articulando 50 empresas e 400 Donos de Lan para cumprimento de 12 atividades.
A cada atividade completa o jogador acumula pontos para ele e seu padrinho, trilhando seu caminho para se tornar um Ponto de Acesso a Produtos e Serviços Sebrae.
Jogador, se você deseja mudar de padrinho, envie um email para atendimento.raio@gmail.com solicitando a mudança, no email você deve informar seu nome, o nome de sua Lan House e qual o nome do Padrinho ao qual você deseja se afiliar.
- Trilha o Caminho,
- Informa cada atividade completa
- Completando o Jogo, se torna um Ponto de Acesso a Produtos e Serviços Sebrae
- Quero Jogar
- Articula-se com Lan Houses, estabelece parcerias e as coloca dentro do jogo
- Apóia seus apadrinhados para que elas completem as etapas do Desafio
- Quero ser Padrinho
Quer saber mais? É dono de Lan-house e ficou curioso? Sào vários prêmios! Clique AQUI!
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Boa idéia de negócio na área de pets: hotel e pet shop
investimento: R$ 1.100.000,00
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES: R$ 1.000.000 (espaço de 1.000 metros quadrados adaptado para hotel, área de recreação com piscina e bolas, consultório com mesa, balança e medicamentos, banheira, mesa de secagem, secador, tesoura e acessórios para o centro de estética)
CAPITAL DE GIRO: R$ 100.000
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 30.000
FUNCIONÁRIOS: 7 (o dono, 2 para hotelaria, 1 veterinário, 1 especializado em banho e tosa, 1 serviços gerais e 1 atendente)
PRAZO DE RETORNO: 36 meses
CRISTINA TEIXEIRA GONÇALVES, DA VILA DOS CÃES: 27 canis lotados desde agosto para a temporada de festas de final de ano de 2009
Dos consultórios de dentistas para o universo dos animais de estimação. Foi esse o trajeto da empreendedora Cristina Teixeira Gonçalves, 41 anos, que fundou a Vila dos Cães, hotel e spa para cães, em julho de 2005. Dona de um terreno de 1.300 metros quadrados em Alphaville, na Grande São Paulo, a empresária inicialmente pensou em montar uma escola de mergulho no local. Mas uma análise da região fez com que mudasse de ideia. “Percebi que não havia nas redondezas um hotel para animais compatível com o poder aquisitivo dos moradores”, diz Cristina.
Escolher bem o ponto (com pesquisas de mercado e uma análise da região) antes de montar uma empresa de serviços diferenciados para cães é fundamental. Cristina percorreu esse caminho e obteve sucesso. A expectativa era lotar os dez apartamentos-canis em seis meses. “A procura foi tanta que em menos de um ano tive que ampliar a estrutura com mais oito canis”, afirma. Ela acredita que, apesar do alto número de pet shops no Brasil, existe uma demanda reprimida por serviços de qualidade, com tratamento diferenciado para pets. Na Vila dos Cães, por exemplo, os animais não ficam em gaiolas em nenhum momento. “Depois de tomar banho, o bicho volta para casa”, diz. Hoje a empresa conta com área de recreação, hotel com 27 canis, banho e tosa, centro de estética, clínica veterinária e uma butique pet shop, com roupas e artigos mais sofisticados para os animais, além de entrega em domicílio. Oferecer todos esses serviços ajuda a movimentar o negócio e a fidelizar a clientela. “Quando um animal chega ao hotel com algum problema, o encaminhamos para o veterinário. O dono não precisa procurar outro endereço”, afirma. “A variedade de produtos na loja também chama a atenção. Difícil alguém sair sem levar alguma coisa.”
Para atrair um público disposto a pagar até R$ 74 por uma diária, Cristina se apoia em ações de marketing na internet e na propaganda boca a boca. Colocar serviços como ofurô e banho de sais, por exemplo, é uma boa estratégia para gerar divulgação. A Vila dos Cães fechou 2009 com um crescimento de 20%, ultrapassando o faturamento de R$ 1 milhão. Quem deseja seguir os passos da empresária paulista deve estar consciente de que é preciso formar a própria mão de obra, investir no treinamente contínuo dos funcionários e inovar na oferta de serviços. E ainda: se a pet shop agregar uma clínica veterinária, é preciso ter um alvará da vigilância sanitária e um veterinário responsável, registrado no Conselho de Medicina Veterinária.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Os erros de uma hamburgueria servem de lição para outros negócios
por Sérgio Tahuata para Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Às vezes, até um hambúrguer pode nos ensinar lições sobre negócios. Sou fã de sanduíches e, quando posso, vou a campo desbravar novos balcões. Noite dessas, faminto, lembrei-me de uma lanchonete estilosa que, vira e mexe, esbarrava em andanças pelo bairro de Pinheiros, em São Paulo. A fachada bacana e a localização privilegiada do ponto – em uma rua repleta de bares – sempre atraíram a minha atenção. “Ah, não tem erro”, concluí com base na lembrança de hamburguerias memoráveis existentes na cidade e que certamente deveriam ter servido de inspiração àquela casa. Ok. Nesse ponto do relato, você já deve ter sentido o cheiro do desastre. Mas o que deu errado? E quais as conclusões sobre o episódio?
Antes mesmo de entrar eu já devia ter desconfiado: enquanto o bar vizinho exibia filas, a casa tinha apenas um casal em meio a uma dezena de mesas vazias. Sentei-me e, apesar de haver quatro garçons num bate-papo despreocupado, tive de chamar um deles para conseguir um cardápio. E com certa má vontade pela interrupção. Escolhi um prosaico cheese salada. Enquanto esperava, decidi pedir meia porção de fritas. Confesso que ponderei se minha fome era maior que a pouca disposição dos funcionários. Com coragem, acenei algumas vezes para um atendente próximo – eram quatro sem fazer absolutamente nada. Chamei um segundo que se dispôs a vir até a mesa. Relevei o serviço inepto na esperança de saborear uma comida decente, afinal os preços no menu regulavam com os de redes topes como America ou The Fifties.
Quando o cheeseburguer chegou me senti mais enganado que acreditar na foto de um prato em display de fast food. Por R$ 16 encontrei um recheio com pouco mais de 100g de carne, duas folhas de alface e duas rodelas de tomate. Mordi o sanduba e, nas primeiras dentadas, senti os pequenos e incômodos pedaços de cartilagem provenientes de uma matéria-prima de terceira. Comida ruim é péssima. Mas ganância envenena o negócio.
Se decuparmos os valores do produto temos: um hambúrgueres de 150g = R$ 2,1 (se considerarmos 1 kg de patinho vendido nos supermercados por R$ 14); um pacote com 4 pães custa R$ 3,25, então 1 unidade = 0,81 centavos; o alface e o tomate, podemos arredondar (bem acima da realidade) para R$ 1. Assim achamos R$ 3,91 de custo – sem considerar despesas fixas, pois esse cálculo envolve variáveis de outra natureza. Ou seja, o preço embute um lucro de 358%.
Então chegamos às lições. A questão do preço é complexa. Muitos clientes se dispõem a pagar mais. No entanto, isso vale para a experiência como um todo: serviço atencioso e eficiente, produtos diferenciados e, no caso da lanchonete, no mínimo, sanduíches de qualidade. Ambiente e estrutura ajudam a atrair consumidores. Mas se o empreendedor tiver de escolher em qual área investir deve lembrar que funcionários bem treinados e produtos ou serviços de primeira cativam as pessoas. Para ilustrar essa combinação, conto o caso interessante de uma padaria que frequento e faz o melhor pão na chapa do bairro. Para quem não consegue imaginar como inovar em algo tão simples eis alguns diferenciais: a pessoa pode escolher entre mal passado e bem passado (amarelinho ou tostado); com manteiga ou margarina; fatias inteiras ou prensadas; pães francês, bisnaga, integral, de batata e inúmeras outras variedades; complementos como requeijão, polenguinho e assim por diante. Tudo isso chapeado à perfeição.
Se a ideia é economizar nos ingredientes, então a estratégia deve focar o custo-benefício, ou seja, conquistar os clientes pelo preço baixo, mas manter uma percepção de qualidade. Se tiver um ambiente agradável e uma equipe treinada consegue uma combinação de grande apelo. Muitos restaurantes conseguem, por um tempo, viver de marketing. Mas, no frigir dos ovos, comer bem ainda é a melhor propaganda.