investimento: R$ 1.100.000,00
EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES: R$ 1.000.000 (espaço de 1.000 metros quadrados adaptado para hotel, área de recreação com piscina e bolas, consultório com mesa, balança e medicamentos, banheira, mesa de secagem, secador, tesoura e acessórios para o centro de estética)
CAPITAL DE GIRO: R$ 100.000
FATURAMENTO MÉDIO MENSAL: R$ 30.000
FUNCIONÁRIOS: 7 (o dono, 2 para hotelaria, 1 veterinário, 1 especializado em banho e tosa, 1 serviços gerais e 1 atendente)
PRAZO DE RETORNO: 36 meses
CRISTINA TEIXEIRA GONÇALVES, DA VILA DOS CÃES: 27 canis lotados desde agosto para a temporada de festas de final de ano de 2009
Dos consultórios de dentistas para o universo dos animais de estimação. Foi esse o trajeto da empreendedora Cristina Teixeira Gonçalves, 41 anos, que fundou a Vila dos Cães, hotel e spa para cães, em julho de 2005. Dona de um terreno de 1.300 metros quadrados em Alphaville, na Grande São Paulo, a empresária inicialmente pensou em montar uma escola de mergulho no local. Mas uma análise da região fez com que mudasse de ideia. “Percebi que não havia nas redondezas um hotel para animais compatível com o poder aquisitivo dos moradores”, diz Cristina.
Escolher bem o ponto (com pesquisas de mercado e uma análise da região) antes de montar uma empresa de serviços diferenciados para cães é fundamental. Cristina percorreu esse caminho e obteve sucesso. A expectativa era lotar os dez apartamentos-canis em seis meses. “A procura foi tanta que em menos de um ano tive que ampliar a estrutura com mais oito canis”, afirma. Ela acredita que, apesar do alto número de pet shops no Brasil, existe uma demanda reprimida por serviços de qualidade, com tratamento diferenciado para pets. Na Vila dos Cães, por exemplo, os animais não ficam em gaiolas em nenhum momento. “Depois de tomar banho, o bicho volta para casa”, diz. Hoje a empresa conta com área de recreação, hotel com 27 canis, banho e tosa, centro de estética, clínica veterinária e uma butique pet shop, com roupas e artigos mais sofisticados para os animais, além de entrega em domicílio. Oferecer todos esses serviços ajuda a movimentar o negócio e a fidelizar a clientela. “Quando um animal chega ao hotel com algum problema, o encaminhamos para o veterinário. O dono não precisa procurar outro endereço”, afirma. “A variedade de produtos na loja também chama a atenção. Difícil alguém sair sem levar alguma coisa.”
Para atrair um público disposto a pagar até R$ 74 por uma diária, Cristina se apoia em ações de marketing na internet e na propaganda boca a boca. Colocar serviços como ofurô e banho de sais, por exemplo, é uma boa estratégia para gerar divulgação. A Vila dos Cães fechou 2009 com um crescimento de 20%, ultrapassando o faturamento de R$ 1 milhão. Quem deseja seguir os passos da empresária paulista deve estar consciente de que é preciso formar a própria mão de obra, investir no treinamente contínuo dos funcionários e inovar na oferta de serviços. E ainda: se a pet shop agregar uma clínica veterinária, é preciso ter um alvará da vigilância sanitária e um veterinário responsável, registrado no Conselho de Medicina Veterinária.
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