quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A teoria do frescobol

Por Bruno Viana adaptado de Rubem Alves


Existe um jogo muito comum nas praias do nosso Brasil, principalmente no litoral do Rio de Janeiro chamado frescobol. E por mais simples que ele pareça ser, pude observar algo muito interessante ao ver um casal se divertindo no fim de semana.
Diferentemente de outros jogos, no frescobol não há rivais. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou os dois perdem. Ninguém marca pontos e o divertido é o vai e vem da bola.
Pensando friamente, não é assim que deveria funcionar o mercado como um todo? Num jogo de ganha-ganha?
E se as empresas cpnseguissem pensar como num simples jogo de frescobol apostando no crescimento de seus concorrentes/ adversários como um crescimento e sucesso próprio? A Coca-Cola é realmente uma concorrente da Pepsi ou uma alimenta o mercado da outra?
Estamos cansados de saber que a competição saudável estimula a melhoria na qualidade e no surgimento de novos produtos. Mas como aproximar o competidor e transformá-lo em um parceiro de frescobol? Como consertar aquela bola que veio meio torta, desengonçada, e devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro consiga pegá-la?
Ao estudar um adversário você está na verdade conhecendo a si mesmo e consequentemente, entendendo o mercado em que estão inseridos. As suas respostas passam a ser mais rápidas e os acertos mais regulares. Em um mundo virtual do século XXI, como o BING poderia abocanhar 15% do mercado de buscas online em apenas alguns meses se não fosse o GOOGLE para indicar as melhores ferramentas e chaves de resultado e procura? O sucesso de um novo produto como o BING está diretamente ligado não à perda ou tomada de usuários do GOOGLE, mas a um sucesso tão grande deste que o outro possa absorver uma ponta do mercado em crescente expansão. 
Sobra espaço para bons negócios e boas soluções. Cabe às companhias aprenderem (ou entenderem) como rebater bem a bolinha.

2 comentários:

  1. lembrei-me do livro a Arte da Guerra,onde a principal estratégia é analisar o inimigo e traçar metas para alcança-la.

    Gostei muito da metáfora usado pelo frescobol!

    Grande abraço
    Kellen

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  2. Excelente post, no mundo empresarial a concorrencia acirrada, temos que conhecer bem a concorrencia para que possamos diagnosticar nossos erros e onde estamos falhando,para melhorarmos mas antes de conhecer a concorrencia temos que conhecer a si mesmo.

    Abraços

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