quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estudar para crescer!

para a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios

A competitividade no mercado de beleza e bem-estar é grande, e muitas vezes é difícil sobreviver - principalmente os pequenos empreendimentos, como salões de cabeleireiros de bairro. E como competir com os grandes do setor? Estudando. É isso que acredita a americana Sandra Bruce, diretora de relacionamento com a indústria da beleza da editora americana Milady, especializada em livros didáticos sobre o ramo.

0,,41218322,00Em visita ao Brasil, ela conversou com a Pequenas Empresas & Grandes Negócios sobre algumas soluções que podem ajudar no crescimento dessa indústria no país, entre elas, a formação das pessoas que trabalham na área. “Estudos mostram que metade das pessoas desistem de atuar no setor em dois a três anos, principalmente pela falta de conhecimento dos ofícios da área e da ausência de habilidade administrativa para cuidar do negócio”, afirma. “É preciso que esses empreendedores sobrevivam, mas também prosperem.”

Para Sandra, a formalização dos profissionais também irá melhorar a imagem das empresas do setor. “Esse processo mostra que quem escolhe um trabalho nessa área está fazendo isso por opção e não por falta dela, como muitos imaginam.”

Tendências e o mercado de spas
Renovar o antigo. Essa é a principal tendência no mercado de beleza, segundo Sandra. “Não há nada de novo, mas tudo está sendo reinventado”, afirma. Mas independente do que está ganhando nova roupagem – como terapias com pedras quentes ou aromaterapia – as pessoas têm procurado cada vez mais por alternativas naturais. “Muita gente está deixando de lado as plásticas para procurar tratamentos naturais e sustentáveis”, diz Sandra . “A cor usada no meu cabelo, por exemplo, veio de uma tintura orgânica e sem produtos químicos”, completa rindo.

Um mercado que continua em expansão dentro desse setor é o de spas. Segundo a Associação Brasileira de Spa, o mercado terá um crescimento de 20% em 2010. Já são mais de 643 spas no país com um faturamento de cerca de US$ 290 milhões. Mas, para Sandra, é importante entender que um empresário não pode abrir um negócio desse tipo apenas por modismos. Uma tendência que está popularizando esse segmento é a a fragmentação dos serviços, em detrimento de longas jornadas em um spa. “Em vez de locais onde o cliente precisa passar o dia inteiro, ou fazer um retiro, estamos vendo o crescimento dos day spas, em que os serviços podem ser customizados e os preços mais baixos”, afirma Sandra.

Nesse modelo, é possível montar um spa em locais de grande movimentação, como shopping centers. “Tornando as opções mais flexíveis, como deixando a cargo do cliente escolher as que se encaixam no tempo que ele tem disponível, esses negócios se tornam mais acessíveis.”

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