Fonte: Estudo do IPEA
O crescimento da produtividade e do emprego é altamente dependente do sucesso das empresas de serviços, que são importantes agentes do crescimento econômico recente.
Os serviços estão cada vez mais inovativos e intensivos em conhecimento. A evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação, em grande parte desenvolvidas em empresas de serviços, é um vetor de inovação para outros setores da economia.
O setor de serviços cresce mais que o comércio e a indústria no que diz respeito ao número de empresas e ao pessoal ocupado, entre 1999 e 2003. Em relação ao montante de remunerações, cresce tanto quanto o comércio e mais que a indústria.
Um dos principais motivos para o forte desempenho do setor em anos recentes é a crescente importância da globalização em muitos serviços. Uma mudança nos modelos de negócios faz com que as firmas passem a buscar fornecedores especializados de serviços, no país de origem e no exterior.
Essa dinâmica foi intensificada por mudanças tecnológicas, como a digitalização dos serviços e a emergência de redes de banda larga. O resultado é um crescimento significativo do comércio exterior em serviços, e as exportações brasileiras têm acompanhado a tendência.
Entretanto, a participação brasileira neste comércio ainda é pouco expressiva, não passando de 0,5% do total comercializado em 2003. Esse fenômeno justificou a elaboração de dois capítulos desse livro, um que trata da presença de firmas estrangeiras de serviços no Brasil, e outro que investiga determinantes da exportação de serviços.
Tendo em vista a carência de estudos sobre o setor de serviços no Brasil, o IPEA coordenou o projeto Estrutura e Dinâmica do Setor de Serviços no Brasil, que explora as informações das mais de 900 mil empresas e dos 6,7 milhões de trabalhadores no setor de serviços no Brasil, que movimentaram uma receita operacional líquida de R$ 326,6 bilhões em 2003.
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