Por Tiago Jokura
Porque é impossível exterminar o Aedes aegypti, principal transmissor do vírus que causa a doença. Crescimento acelerado da população urbana, clima tropical - quente e chuvoso - e características reprodutivas do mosquito tornam o Aedes imbatível em nosso território. Mas essa derrota não é exclusividade nacional: a Europa é o único continente livre da dengue e até um país desenvolvido como a Austrália ainda padece com epidemias frequentes. Até que seja desenvolvida uma vacina, "controlar a população de mosquitos é mais eficaz do que tentar erradicar a doença, o que já aconteceu na década de 1970, quando pouco mais da metade de nossa população vivia em cidades e ainda não se falava em aquecimento global", explica o infectologista Marcelo N. Burattini, da Unifesp, em São Paulo. A ME fez a parte dela e prensou um Aedes contra a parede para levantar informações que ajudam a entender o tamanho do desafio brasileiro no combate à dengue.
BERÇO ESPLÊNDIDO
Principais berçários do Aedes em cada região do Brasil
LIXO
No Norte e no Sul, cerca de metade dos Aedes nascem em latas, pneus e outros entulhos que acumulam água e servem como ninho para o mosquito
RESERVATÓRIOS DE ÁGUA
Quase toda a população nordestina do Aedes se desenvolve a partir de poços, tonéis, caixas-d’água e outros reservatórios hídricos
AMBIENTE DOMÉSTICO
Pouco mais da metade dos focos no Centro-Oeste e no Sudeste ocorrem em residências – principalmente em vasos e pratinhos de plantas, calhas e piscinas
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